05/12/2005 09h41 – Atualizado em 05/12/2005 09h41
Da Redação
É chegada a hora de escolher os presentes para o Natal e os enfeites que serão colocados nas árvores. O mercado informal, ou seja, os camelôs costumavam ter bastante lucro nesta época do ano. Entretanto este ano, as vendas estão diferentes.O comércio de artigos importados já não é mais o mesmo. Comerciantes reclamam que a circulação de pessoas e o movimento das vendas está muito fraco. Os fatores são inúmeros. Ivanor Barbosa, proprietário de uma barraca de artigos importados, afirma que as viagens para buscar mercadorias estão difíceis. “Não tenho dinheiro para viajar”, confirma. Barbosa diz que gasta em média R$1000,00 em cada viagem, mas também corre o risco de ficar sem as mercadorias devido à fiscalização intensa da Receita Federal. O comerciante espera que nos próximos dias as vendas de artigos natalinos melhorem, por enquanto, enfeites somente sob encomenda. “Há muitos produtos que ainda são do ano passado”, revela.
Nas barracas que vendem brinquedos, espera-se que o movimento melhore com a proximidade do Natal. Os pais ainda procuram presentear os filhos com bonecas e carrinhos, mas em relação ao ano passado, as vendas caíram. “Viajo uma vez por mês para buscar mercadorias, mas não tenho trazido muito”, explica Lucy Vani de Oliveira. Ela não quis revelar o valor gasto em cada viagem, mas acredita que as pessoas devem comprar mesmo na semana da Natal.A situação de Zuleide da Costa é parecida. A proprietária de outra barraca de camelô, que buscava mercadorias em Ponta Porá, não viaja há três meses. “As pessoas não compram, acho que falta dinheiro”, acrescenta. Zuleide espera que depois do dia 10 a circulação das pessoas aumente. Francisco Nira proprietário de uma barraca de brinquedos, gasta em média R$2000,00 por viagem, mas também afirma que as vendas não estão boas. “As pessoas procuram sempre os brinquedos mais simples e baratos”, explica.Quanto aos produtos para este final de ano, nenhum comerciante investiu em novidades. Os preços podem variar bastante entre os produtos. É possível encontrar pisca-pisca entre R$ 4 e R$ 20. Os preços das árvores são os mais altos; variam de R$ 30 a R$50.