06/12/2005 08h06 – Atualizado em 06/12/2005 08h06
Midiamax News
A morte de Edimar dos Santos da Rosa, 15 anos, pegou de surpresa toda a família, companheiros da equipe que jogava, professores e colegas de classe da Escola Estadual Coronel Felipe de Brum, onde o adolescente cursava o 1º ano ensino médio no período da manhã. Logo após a tragédia, ainda no gramado do estádio e em clima de comoção, os jogadores da equipe que o atleta representava e das demais equipes que disputavam o certame, ainda meio atordoados com a situação, lamentavam, muitos deles em prantos, a morte de Edimar da Rosa.Escolhido pela organização do campeonato antes mesmo do acontecido como o “jogador mais disciplinado” da competição, os companheiros de equipe fizeram questão de mostrar a camisa de número 14 que o atleta vestiu durante a partida decisiva, onde teria entrado no jogo nos 15 minutos finais e teria dado o passe que originou o primeiro gol de seu time que venceu por 2×0. No velório do adolescente, que aconteceu na capela ao lado da Igreja Matriz de Amambai um grande número de jovens, a maioria esportistas, permaneceram durante todo o dia de ontem, segunda-feira prestando as últimas homenagens ao adolescente.As chuteiras, o uniforme e a bola da última partida disputada por Edimar foram colocados ao lado do caixão e todos os amigos que passaram pelo local fizeram questão de deixarem seus autógrafos como forma de homenagem ao garoto. Edimar era filho de família humilde e residia com os pais em um sítio distante cerca de 20 quilômetros da cidade de Amambai, vindo toda a manhã para freqüentar as aulas.Amante do futebol e como a maior parte dos garotos de sua idade, sonhava com a carreira de jogador profissional, nos fins de semana ficava na casa da avó, situada na Vila Glória em Amambai para participar de treinamentos e campeonatos de futebol na cidade. Na luta pelo sonho interrompido logo no início, Edimar, em companhia de outros amigos, chegou a se deslocar até a cidade de Dourados onde ficaram por três dias, no decorrer do mês de novembro, realizando testes no Clube 7 de Setembro com sede naquela cidade.Na escola Edimar era um aluno aplicado e com notas boas. “Ele não era um aluno que buscava ser destaque entre os demais companheiros de classe, mas era um aluno dedicado e com um futuro brilhante pela frente” destacou a professora de educação física Suely de Fátima Vieira da Costa que foi professora de Edimar da Rosa durante todo o ano de 2005.