07/12/2005 17h06 – Atualizado em 07/12/2005 17h06
EFE
Chris Ward, funcionário do Northern Bank de Belfast, se apresentou hoje no tribunal da capital norte-irlandesa, onde foi acusado do roubo de quase 40 milhões de euros (R$ 102 milhõe) do banco em dezembro, uma ação atribuída ao Exército Republicano Irlandês (IRA). Na noite de ontem, a Polícia do Ulster (PSNI, em inglês) acusou Ward, 24 anos, pelo maior roubo da história do Reino Unido e da Irlanda.Pouco depois do assalto ao Northern Bank, o funcionário concedeu entrevista a uma rede de televisão na qual contou como foi seqüestrado pelos assaltantes. No entanto, de acordo com a imprensa local, a PSNI acredita que o suspeito pode ser um dos membros da quadrilha e que seu seqüestro fazia parte do plano de ação.Até agora, a PSNI havia apresentado acusações contra três homens detidos no início do mês passado por suspeita de terem participado do assalto.Chris Ward estava sob custódia policial desde terça-feira passada. O funcionário do banco é o primeiro indivíduo na Irlanda do Norte a ficar detido por mais de sete dias para ser interrogado.A legislação da província prevê que a PSNI pode reter um suspeito por dois dias, e depois disso deve colocá-lo em liberdade ou apresentar acusações.Os governos do Reino Unido e da Irlanda, assim como suas forças de segurança, garantiram que o assalto é obra do IRA, uma acusação que os republicanos negam categoricamente.A Polícia da Irlanda (a Garda) confirmou em outubro que parte das notas confiscadas durante uma operação contra a rede de lavagem de dinheiro do IRA fazia parte do lote roubado do Northern Bank.