09/12/2005 08h40 – Atualizado em 09/12/2005 08h40
Dep. Edson GomesPensar e falar em agronegócio, é verbalizar a grande esperança do Brasil e sua gente.O futuro se desenha como tendo no Brasil, o maior e melhor celeiro da terra. Com certeza seremos o grande produtor de alimentos do século XXI.O agronegócio hoje é o maior responsável por grande parte das exportações do país, e cada vez mais se torna necessário um maior desenvolvimento do setor, que é uma grande fonte geradora de empregos.Atualmente, o agronegócio corresponde a 42% das exportações, tendo como principais produtos a carne (somos o maior produtor e exportador de carne bovina), o café, a soja, o álcool, o açúcar e frutas em geral. Na Austrália, por exemplo, a agricultura corresponde atualmente 74% da produção, enquanto no Brasil, a produção nacional não ultrapassa 31% como no ano passado.O ano agrícola 2004/2005 foi prejudicial às exportações do setor. Os principais motivos deste declínio foram a queda do dólar, que causou a perda de lucro nas exportações, e as secas prolongadas nas regiões Sul e Centro – Oeste do país, que quebraram a produção de grãos (milho e soja), e comprometeram a qualidade final do produto. Este quadro desfavorável criou dificuldades para o produtor arcar com o pagamento do financiamento de sua produção, resultando em um crescimento da inadimplência e uma maior pressão sobre o governo federal para a renegociação da dívida. Indiscutivelmente, em sendo o agronegócio o responsável pelos bons números na economia brasileira, não poderá ele sofrer qualquer fracasso ou retrocesso no seu desempenho eis que apresenta reflexos diretos na economia brasileira.Para aumentar esses números, são necessários maiores investimentos em infra-estrutura e em reformas no sistema de crédito e no imposto rural, procurando favorecer igualmente as grandes e pequenas propriedades rurais.Historicamente as políticas públicas beneficiaram em particular as grandes propriedades, mas a chave para o progresso da agricultura está na pequena propriedade, que pratica a agricultura familiar e representa 38% do valor bruto da produção nacional.Há que se considerar que nos últimos 10 anos, a agricultura familiar, assentamentos e cooperativas também sentiram os efeitos conjunturais do mercado, são estes também setores produtivos que se endividaram.Por falta de maiores investimentos, o agricultor familiar perde em competitividade por falta de máquinas ou implementos agrícolas, e o impossibilita ao acesso às novas tecnologias. Para integrar essas propriedades familiares no mercado é necessária uma linha especial de crédito para aquisição de máquinas, facilitando assim o acesso à modernização e garantindo uma rentabilidade mínima.O agronegócio merece maior apoio dos governos federal e estadual, mantendo os níveis de produção das grandes propriedades e intensificando maiores investimentos ao agricultor familiar, tornando o mais competitivo no mercado e desenvolvendo outras oportunidades de emprego. O agronegócio é o esteio da economia nacional, e para manter o rumo certo da agricultura é preciso estimular um maior desenvolvimento da agricultura, e da pecuária de corte e leite, centralizando a atenção no setor produtivo, dirigindo-o com regras claras e dando-lhe reais garantias.Ao apoiar com pertinência e inteligência o agronegócio, isto é, valorizar o produtor rural, estaremos combatendo e resolvendo, parte de grandes e graves problemas sociais brasileiros, que tanto nos incomoda.Pois com o êxodo rural, o trabalhador, sem perspectivas e desesperançado, abandonou o campo, deixando para trás a terra, muitas vezes vendida por um preço nem sempre justo, para tentar a vida na cidade grande em busca de dias melhores para ele e sua família.Com isso, algumas cidades cresceram desordenadamente nas últimas décadas, muito além do que foi previsto, e de suas capacidades de absolvição, congestionando e comprometendo os setores de saúde, educação, habitação e assistência social, entre outros. E o pior, gerou desabrigados, desemprego ou subemprego, trazendo a fome, a miséria, que fomenta a prostituição, o tráfico, criminalidade em geral, colocando em nossa vida esta cruel realidade, que tanta dor e lágrimas produzem e a todos indistintamente atinge e aflige.Portando, é preciso e urgente reverter o processo, ou seja, gerar empregos e rendas dignos no campo. E isto é, incrementar e valorizar o agronegócio, o homem do campo.Edson GomesDr. Edson Gomes é deputado estadual por São Paulo, eleito em 1998 e reeleito em 2002. Foi eleito prefeito do município de Pereira Barreto em 1988, em 1992 foi eleito prefeito do município de Ilha Solteira.Filho de uma família muito simples, Edson Gomes, nasceu no sítio em 12 de outubro de 1951, no povoado do Sol, município de Fernandópolis SP, e foi o primeiro de sete irmãos.Desde criança ajudou o pai na lavoura, que era funcionário de uma fazenda na região, arando a terra, carpindo, semeando, plantando e colhendo o que não era fácil, porém tem orgulho de Ter sido e ser lavrador. Com muito esforço, trabalhando duro durante dia e estudando a noite, chegou com louvor a faculdade de medicina onde formou-se e especializou-se em cirurgia cardíaca. Sem nunca esquecer suas origens e raízes, do qual orgulha-se bastante, iniciou-se na medicina, trabalhando no projeto Rondon, atendendo pessoas carentes de todo Brasil.



