09/12/2005 08h26 – Atualizado em 09/12/2005 08h26
Terra
O jornal israelense Haaretz afirma na edição de hoje que a polícia brasileira está investigando se um suspeito, vivendo no País sob um nome falso, é o fugitivo nazista Alois Bruner. Acredita-se que o austríaco Bruner, que teria 95 anos, passou 40 anos na Síria com o nome falso de Dr. Georg Fischer antes de mudar-se para a América do Sul. O Haaretz diz que as fontes policiais brasileiras afirmam que Brunner foi encontrado vivendo em Salvador, Bahia. O suspeito apresentava documentos segundo os quais nasceu na Suíça em 1939, mas a polícia brasileira os considera falsos. Os documentos ainda afirmam que ele recebeu residência permanente no Brasil em 1999. Ao desconfiar que os papéis eram forjados, a polícia os entregou à Interpol. Nesse meio tempo, o homem viajou para a Suíça. O jornal afirma que conseguiu entrar em contato, por telefone, com esta pessoa que está atualmente em Lucerna e desmentiu ser Brunner, afirmando ter nascido na Suíça em 1939. O Haaretz destaca que este homem fala português “com um sotaque estrangeiro” e que sua voz não parece ser a de um homem de 95 anos, e sim a de alguém mais jovem. Durante a 2ª Guerra Mundial, Alois Bruner foi assistente do oficial da SS Adolf Eichmann, que coordenou a deportação de três milhões de judeus para campos de extermínio. InterpolO jornal conta que após a Interpol ser notificada pela polícia brasileira, enviou pedidos a vários países, incluindo Israel, para reunir informações que poderiam permitir a identificação do criminoso. Em Israel, o superintendente-chefe Asher Ben-Artzi, que está em contato com a Interpol, passou os últimos meses em busca das impressões digitais de Alois Bruner ou alguma outra identificação para repassar ao Brasil. Entretanto, todas as tentativas foram fracassadas e Israel informou aos policiais brasileiros que não obteve sucesso.
