10/12/2005 09h43 – Atualizado em 10/12/2005 09h43
Terra
Uma garota de 12 anos foi esfaqueada até a morte por seu professor de 23 anos em uma sala de aula em Kyoto, no Japão, na manhã de sábado, segundo o jornal Japan Today. Yu Hagino, um estudante da Universidade de Doshisha, foi preso pelo assassinato de Sayano Horimoto, uma estudante de sexta série. “Matei ela com uma faca de cozinha durante uma disputa,” disse Hagino à polícia. Ele disse também que a garota zombava dele. Por volta das 9h, hora local, Hagino ligou para a polícia de seu celular, ainda dentro da sala, e disse que havia esfaqueado a garota. Quando a polícia chegou ao local, o coração da menina havia parado, pouco depois foi pronunciada morta. Um aumento de crimes contra crianças indo para o colégio tem chocado o Japão e denegriu a imagem que o país tinha como sendo uma nação segura para os jovens. Três recentes mortes – uma garota colocada em uma caixa e duas outras esfaqueadas diversas vezes no peito – colocaram as autoridades em alerta e preocupou os pais. Policiais armados patrulham as ruas quem levam à escolas em Tóquio. Autoridades criam rotas de segurança e alunos mais novos carregam alarmes para chamar por ajuda durante uma emergência. O país, relativamente pacífico, está repensando antigas tradições, como deixas crianças bem pequenas caminhar longas distâncias para a escola sozinhas. De uniforme e com o primeiro livro, os jovens – que levam até 40 minutos em áreas rurais – enfrentam por um ritual de passagem ao entrar para a primeira série. “Eu nunca deixaria meu filho ir sozinho. Eu gosto de ter ele por perto, onde eu possa mantê-lo sob vigilância,” disse Naoko Ishibashi, uma dona de casa japonesa, mãe de uma criança de cinco anos. “Em dias como este eu me sinto preocupada quando vejo qualquer criança andando sozinha pelas ruas.” A situação chamou a atenção dos mais altos escalões do governo japonês. “Horríveis incidentes têm ocorrido, e é um problema que devemos cuidar com seriedade,” disse o primeiro ministro Junchiro Koizumi. “Precisamos reforçar a cooperação entre a polícia, as autoridades e as famílias.”