10/12/2005 09h32 – Atualizado em 10/12/2005 09h32
Pollyanna Eloy
A Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele está movimentando o CEM (Centro Médico Especializado). De acordo com um dos voluntários, Antônio Carlos Modesto, cerca de 55 pessoas estão aguardando atendimento. Estima-se que 150 recebam atendimento médico. Estão participando do evento três médicos dermatologistas, seis agentes comunitários de saúde, um fisioterapeuta e uma auxiliar de enfermagem. Essa é a 7ª Edição da campanha que está sendo realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).Estão sendo oferecidos gratuitamente exames completos da pele e orientações sobre os principais cuidados com a exposição solar, prevenção e detecção precoce da doença. Além disso, casos de diagnóstico positivo estão sendo encaminhados para tratamento ou cirurgia, que está sendo realizado no próprio centro médico. Para Elenice Leopoldino, 35 anos, a campanha é uma oportunidade para as pessoas mais carentes. “Para quem não tem dinheiro, essa é uma excelente oportunidade, devido ao atendimento ser realizado pelos próprios dermatologistas”, disse. É a primeira vez que ela participa do evento. “Tenho uma pinta no rosto e estou preocupada, por isso decidi participar esse ano”, ressaltou.ANO PASSADODe acordo com Modesto, ano passado, 270 pessoas passaram pelo CEM, dos quais 103 eram do sexo masculino e 167 do sexo feminino. As pessoas que mais compareceram ao centro médico, possuíam a faixa etária de 56 a 70 anos. “Um dos maiores fatores para a causa do câncer de pele é a falta de protetor solar. Do total de atendimentos realizados, 231 pessoas declaram não usar protetor solar, contra 37, que declaram se proteger contra os raios ultravioletas e apenas duas pessoas declararam que não se expõe ao sol”, disse Modesto. Ele ainda acrescentou que os jovens já começam a ser afetados com a doença. “Os idosos são mais propícios a desenvolver a doença, porém os jovens já começam a ser atingidos, devido a falta do uso de protetor solar, tanto que esse ano, a campanha é voltada para esse público”.DIAGNÓSTICOSDos atendimentos realizados ano passado, os médicos diagnosticaram 14 casos da doença, sendo que 13 pessoas apresentaram o câncer tipo carcinoma baso celular, que é o mais comum a ser desenvolvido, de acordo com Modesto. E apenas uma pessoa desenvolveu o câncer melanoma maligno, considerado o tipo mais perigoso.
