13/12/2005 17h06 – Atualizado em 13/12/2005 17h06
Midiamax News
Os sem-terra da FAF (Federação da Agricultura Familiar) que ocupam o prédio do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) exigem a presença do ouvidor agrário, Raimundo Girelli e do superintendente adjunto, Valdir Perius. Desde o início da invasão, às 9h30, os trabalhadores rurais não obtiveram resposta às reivindicações e prometer “partir para ação”, interditando o local e até fazendo reféns.A invasão iniciada esta manhã por 200 sem-terra tem por objetivo agilizar a aquisição de fazendas para o assentamento de pelo menos 925 famílias ligadas a FAF. Uma das coordenadores, Andréa Cruz Leite disse que o acordo no início do ano é que mil famílias da FAF seriam assentadas, mas não sabem quanto deste total foi cumprido e, mesmo assim, optaram pelo protesto hoje no Incra.O coordenador da FAF, Hélio Cardoso, explicou ao Midiamax que pretendem mostrar as reivindicações ao ouvidor e Valdir Perius, este, que responde no lugar de Luiz Carlos Bonelli, em viagem a Brasília. O clima no local começou a ficar tenso esta tarde, depois que a prometida reunião com Perius não se concretizou. Revoltados, eles dizem que pretendem “partir para a ação”, fechando o Incra e mantendo reféns no local. Os trabalhadores rurais pertencem a assentamentos de Tacuru, Amambai, Miranda, Aquidauana, Angélica, Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhante, Sete Quedas e Nioaque.Na lista de exigências, a FAF quer o assentamento de 70 famílias na Fazenda Água Viva, em Tacuru; 280 famílias na Fazenda Cachoeira, em Amambai; 70 famílias da Fazenda Santa Mônica, em Terenos; 95 famílias da Fazenda Areias Ponteio, em Nioaque; 200 famílias na Fazenda Alambari, em Sidrolândia e assentamento de famílias (númeor não determinado) na Fazenda Santa Rosa, em Angélica.