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segunda-feira, 5 de maio de 2025

Diretor do FMI elogia Brasil por pagamento de dívida

14/12/2005 16h07 – Atualizado em 14/12/2005 16h07

Folha Online

O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Rodrigo Rato, disse nesta quarta-feira que o Brasil é ‘um exemplo muito bom’ para as economias emergentes, um dia depois de o país ter antecipado em dois anos o pagamento de toda a sua dívida com o Fundo. ‘[O Brasil] é um exemplo muito bom para as economias emergentes de que as reformas não apenas valem a pena, mas podem dar resultados positivos e rápidos’, disse Rato, na sede do Fundo, em Washington.’Se observarmos não apenas os resultados da economia, mas os efeitos da redução da pobreza no Brasil, creio que é um exemplo muito bom de até onde as economias emergentes devem avançar no futuro’, acrescentou.O governo brasileiro decidiu ontem antecipar em dois anos o pagamento de toda a sua dívida com o Fundo. Até o fim deste mês devem ser pagos US$ 15,5 bilhões que seriam quitados até 2007. O país é devedor do FMI desde o final de 1998. O Brasil já havia feito pagamentos antecipados ao Fundo antes: em julho deste ano, foi feito um pagamento de US$ 5,1 bilhões com antecedência. Argentina À Argentina, no entanto, Rato disse serem necessárias reformas e a manutenção de políticas fiscal e monetária ‘prudentes’, seguindo o exemplo de outros países emergentes que obtiveram ‘resultados positivos’, como o Brasil. ‘A Argentina tem uma oportunidade muito importante (…) Penso que algumas das coisas que se produziram em outras economias emergentes, que conseguiram aplicar políticas de reformas coerentes e uma política monetária e fiscal prudente e obtiveram resultados, também vão dar resultados na Argentina’, disse. A Argentina enfrenta dificuldades para renegociar uma dívida de US$ 1,6 bilhão, com vencimento para 2006. O governo argentino se recusa a aceitar condições do Fundo, como a de reabrir negociação com os credores que ficaram fora da troca de títulos em “default”, a mudança na política cambial – o Banco Central tem atuado no mercado para manter a desvalorização do peso frente ao dólar (por volta dos três pesos por dólar) e o reajuste das tarifas públicas que estão com concessionárias privadas.

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