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segunda-feira, 5 de maio de 2025

Perito atesta assinatura falsa em ação de Tarso

14/12/2005 16h44 – Atualizado em 14/12/2005 16h44

Terra

Um novo laudo, finalizado na segunda-feira, atesta que a assinatura do ex-presidente do PT Tarso Genro em uma representação enviada ao Conselho de Ética da Câmara teria sido falsificada. O documento do PT pedia a cassação do deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS) por quebra de decoro parlamentar. Porém, mesmo a assinatura sendo falsa, Onyx não se livra da ação. O Terra tentou entrar em contato com Tarso, porém no escritório dele em Porto Alegre (RS) foi informado que o ex-presidente do PT está no interior do Estado e que não seria possível falar com ele. O petista retorna à capital gaúcha na sexta-feira. Em novembro, a revista Veja publicou o resultado de uma primeira perícia, feita pelo perito Celso Mauro Ribeiro Del Picchia, afirmando que seria falsa a assinatura de Tarso, o que poderia tornar nulo o requerimento. Tarso e o PT negaram as acusações. Onyx, então, encomendou ao perito gaúcho Domingos Tocchetto uma segunda análise da assinatura. O profissional comparou 42 assinaturas originais de Tarso com a assinatura da representação entregue ao Conselho de Ética. Depois de ampliar as fotos, o perito concluiu que a assinatura no pedido de cassação de Onyx não é autêntica. Segundo informações do perito ao Terra, ele utilizou 17 diferentes documentos, sendo que um deles constava assinaturas de Tarso reconhecidas no 1º Tabelionato de Porto Alegre no dia 22 de novembro. De acordo com Tocchetto, o que mais chamou a atenção foi o número de guirlandas – arcos com abertura para cima na assinatura. “Na representação ele usou cinco guirlandas e nas outras 40 assinaturas ele usava duas, três ou no máximo quatro”. O perito citou ainda diferenças nas formas de começar e terminar a assinatura. A representação do PT, assinada por Tarso foi entregue em outubro ao conselho. No documento, o partido pede a cassação do deputado Onyx por quebra de decoro parlamentar. O deputado gaúcho é acusado de divulgar informações sobre o ex-deputado José Dirceu (PT-SP). Os dados estavam protegidos por sigilos bancário e fiscal na CPI dos Correios. Onyx nega a acusação. Nesta terça-feira, o laudo que atesta a falsidade na assinatura de Tarso foi anexado à defesa do processo. O Conselho de Ética vai considerar um laudo oficial que será feito pelo Instituto de Criminalística de Brasília. Segundo o presidente do conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), mesmo que a assinatura de Tarso seja falsa, o processo não será anulado. O novo presidente do PT, Ricardo Berzoini, já apresentou outra representação confirmando o pedido de cassação de Onyx. O prazo para a conclusão do processo terminaria em 20 de janeiro, mas foi prorrogado por mais 90 dias.

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