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segunda-feira, 5 de maio de 2025

Seleção escolhe concentração na Alemanha para a Copa

14/12/2005 10h00 – Atualizado em 14/12/2005 10h00

Agora MS

A uma distância curta mas segura dos seus primeiros adversários — Croácia, Japão e Austrália —, a seleção brasileira terá como base na Copa da Alemanha, a 20km do centro de Frankfurt.

Será no Kempinski Hotel Falkenstein, um complexo de oito prédios ligados entre si por um sistema de túneis, na localidade de Königstein. Ali, os jogadores brasileiros encontrarão a partir do dia 4 de junho — nove dias antes da estréia, contra a Croácia, em Berlim — o ar puro das montanhas do Taunus e uma infra-estrutura que combina história com luxo e tranqüilidade. Antes, de 22 de maio a 4 de junho, a equipe vai ficar num isolado hotel em Weggis, na Suíça.

O hotel servirá exclusivamente à seleção brasileira durante a Copa, incluindo o parque e o terraço, mas as áreas adjacentes, como a rua que dá acesso ao local, ficaram abertas. Assim, a comissão técnica pretende evitar o clima de “clausura” de Lesigny, onde a equipe ficou durante toda a Copa da França, em 1998. Os jogadores treinarão no campo de um time da terceira divisão da região a apenas cinco minutos do hotel. Assim como aconteceu em Ulsan, na Coréia, no último Mundial, será possível ir a pé até lá.

O complexo de prédios do hotel faz parte do patrimônio histórico alemão e por isso mesmo uma rede de hotéis como a Kempinski pode apenas usar mais polimento no granito e no mármore dos corredores, que parecem os de um submarino elegante. Já desfrutaram das facilidades do hotel celebridades como Michael Jackson e Madonna.

Segundo os funcionários, o caminho ao ar livre é tão seguro quanto o dos túneis, pois toda a região do Taunus tem na Alemanha a fama de ser um reduto de milionários, como banqueiros e proprietários de grandes empresas com sede em Frankfurt. Pequenas cidades do país costumam investir sobretudo na qualidade de vida, atraindo ainda mais ricos de toda a Alemanha para as mansões em estilo art nouveau e no turismo. Königstein é, na verdade, um lugarejo de cerca de quinze mil habitantes mas que não gosta de ser chamada apenas de um subúrbio da grande Frankfurt.

A presença da seleção brasileira promete tornar a região alvo da mídia internacional, mas a decepção é grande em outras cidades alemãs. Abrigar uma seleção é algo considerado pela maioria das cidades como uma forma de impulso ao turismo. Com a seleção brasileira sonhavam Colônia, Leverkusen, Berlim e Munique. Ainda há poucos dias, a TV ARD noticiou que a cidade de Castrop Rouxel havia acertado com a CBF enquanto que o prefeito Johannes Beisenherz falava sobre a sorte grande da sua cidade.

Muitas cidades investiram bastante dinheiro em projetos para tentar atrair seleções. Mas a concorrência foi ainda mais dura porque os resultados foram, no caso de algumas equipes, decididos por patrocinadores. Bonn, capital da antiga Alemanha Ocidental, conseguiu muito investindo pouco. A prefeitura já mandou renovar o gramado do parque esportivo para que os jogadores da seleção japonesa, um dos adversários do Brasil, possam treinar.

A Croácia ficará perto de Nuremberg, duas horas ao sul de Frankfurt, enquanto que a Austrália está próxima de fechar um pacote com a cidade de Göttingen, duas horas ao norte da cidade onde ficará a seleção brasileira.

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