10/01/2006 17h23 – Atualizado em 10/01/2006 17h23
Agência Placar /Midiamax news
Começa nesta quarta-feira o Campeonato Paulista de futebol. A competição será aberta às 14h30 (de MS), com o duelo Noroeste X Corinthians. Às 15h, jogam Portuguesa e Bragantino. Já às 19h30, São Caetano X Rio Branco, Ponte Preta X Marília, Paulista X Santo André, Portuguesa Santista X Guarani e Mogi Mirim X América fecham a jornada do dia. Na quinta-feira, também às 19h30, Palmeiras X Ituano e São Bento X Santos encerram a primeira rodada da competição.Maior vitrine no cenário nacional, o mais rico e, com certeza, o mais desprestigiado dos campeonatos estaduais que terão início a partir desta quarta-feira. O paradoxo vivido pelo Campeonato Paulista advém justamente da força e tradição de seus principais clubes: Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos.Em 2006, tal contradição atingirá seu ápice, já que o “trio-de-ferro” paulista – os três grandes da Capital bandeirante – deverá concentrar todas suas forças na disputa da Copa Libertadores da América, por mais que os discursos de seus respectivos dirigentes apregoem justamente o contrário, na tentativa de não desprestigiar o Paulistão. E o Santos, claro, deverá privilegiar a Copa do Brasil, o caminho mais curto para a Libertadores de 2007.Curiosamente, apesar deste certo desinteresse com o Estadual, os quatro grandes, sem dúvida, entram como os favoritos ao título. Suas forças, graças a treinadores e elencos recheados com alguns dos principais jogadores brasileiros e até estrangeiros – vide Tevez, Mascherano, Sebá, Gamarra e Lugano -, são tão superiores às demais que dificilmente deverão ser surpreendidas com a bola rolando.Além disso, exibirão, como uma verdadeira atração à parte, o duelo entre os principais técnicos em atuação no futebol brasileiro no momento: Vanderlei Luxemburgo (Santos), Émerson Leão (Palmeiras), Antônio Lopes (Corinthians) e Muricy Ramalho (São Paulo). Para um campeonato desprestigiado, não é pouco, convenhamos.Mas, por mais que o cada vez mais apertado calendário do futebol brasileiro trabalhe para desprestigiar os Estaduais, um diferencial do Paulistão trata de mantê-lo como centro das atenções no País do futebol: a força do Interior. Clubes como Guarani, Ponte Preta, São Caetano, Santo André, Paulista de Jundiaí e outros, só para ficar em alguns, costumam se aproveitar deste pretenso desinteresse dos grandes clubes pelo Estadual para mostrar as garras e aprontar algumas boas surpresas.Alguns, inclusive, chegam a ter a ousadia de se projetar no cenário nacional. Caso do Paulista de Jundiaí, campeão da Copa do Brasil de 2005 e, por isso, com direito à vaga na Libertadores deste ano. Por tamanha pretensão, ganharam, inclusive, há alguns anos uma alcunha muito apropriada: passaram a ser chamados de “emergentes”.A ascensão destas agremiações, no entanto, não se deve apenas ao terreno cedido pelos grandes clubes. Estes são verdadeiros celeiros de bons jogadores e, invariavelmente, fornecem mão-de-obra para os clubes que disputam a Série A do Brasileirão. Sem falar nas boas revelações, uma constante a cada Paulistão. Por tudo isso, desprestigiado ou não, o Paulistão continuará a ser uma grande vitrine para a qual todas as atenções se voltam no futebol brasileiro.