12/01/2006 15h12 – Atualizado em 12/01/2006 15h12
Midiamax News
O senador Ramez Tebet (PMDB) afirma que o fim do salário extra, pago pela convocação extraordinária do Congresso Nacional, e a diminuição do recesso parlamentar precisam ser votados o “mais rápido possível”. “Eu acho que acabar com o recesso é uma exigência dos novos tempos e uma exigência ética da sociedade. Sobre o salário extra, nós já recebemos para trabalhar para o País. Não é preciso pagar novamente”, afirmou em entrevista ao Midiamax. Tebet diz que a convocação extraordinária feita este ano foi “pior que já existiu”, pois não havia projetos para a votação nem motivos relevantes que justificassem a presença dos senadores e deputados federais em plenário. “O congresso está vivendo um de seus piores momentos. O poder legislativo está desacreditado é preciso reagir”, afirmou. O senador defende que além de acabar com as regalias, também é preciso que o Congresso pare de trabalhar sob pressão, tendo que atender a demandas que a sociedade impõe. Ele explica que é preciso que os parlamentares se adiantem aquilo que a sociedade deseja. “A gente no Brasil só age depois que a porta está arrombada, e precisamos mudar isso. Para uma efetiva democracia o legislativo tem que ser forte”, diz Ramez, explicando que não tem intenção de devolver o salário extra por considerar a atitude demagógica. Hoje o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que a Casa vai votar na próxima quarta-feira a PEC (proposta de emenda à Constituição) que reduz o recesso parlamentar de três meses para 48 dias. A PEC também propõe o fim da remuneração extra em convocações extraordinárias. “Nós temos que aprovar a redução do recesso e acabar com essa excrescência, que é o pagamento de salário dobrado nas convocações”, disse Calheiros.