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Três Lagoas
sábado, 10 de maio de 2025

Epidemia preocupa coordenador do CCZ

13/01/2006 15h19 – Atualizado em 13/01/2006 15h19

Pollyanna Eloy

O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Três Lagoas realizou o total de 3754 eutanásias no ano passado, sendo que 1846 foram em cães positivos em leishmaniose. Já 1908 eutanásias foram realizadas em cães com outros tipos de zoonoses. De acordo com o coordenador, o médico veterinário, Luiz Antônio Teixeira Empke, novembro foi o mês em que mais teve casos da doença confirmados na cidade, com 252 cães. E janeiro foi o mês com menor índice, com o total de 12 casos. PROLIFERAÇÃOO coordenador informou que a epidemia de Leishmaniose continua preocupando. “Há uma grande proliferação dos flebótomos, (mosquito transmissor da doença) na cidade. O Jardim Morumbi foi o bairro onde mais achamos focos dos mosquitos esse ano”, disse o coordenador. Ele acrescentou que o alto índice de flebótomos deve-se a sujeira em terrenos baldios. “Os meses em que são característicos chuvas e sol, como janeiro e fevereiro, proporcionam o aumento dos mosquitos e consequentemente mais cães infectados”. CASOS ESSE ANODesde o começo do ano, o CCZ já realizou 100 eutanásias, sendo 30 cães positivos. “O bairro que mais encontramos cães doentes foi o Lapa”, disse. Ele alerta para a limpeza dos terrenos baldios. “Acredito que com a limpeza dos terrenos, a doença será mais facilmente controlada”, disse.PROJETOCom o intuito de diminuir a leishmaniose, o coordenador informou que para o mês de março, o CCZ deverá desenvolver o projeto “Inquérito Canino”. “Pretendemos montar uma equipe com aproximadamente 30 profissionais, entre veterinários, biólogos, bioquímicos, e agentes de saúde. Dividiremos a cidade em quatro áreas e iremos realizar o trabalho de coleta de sangue dos animais, além de realizarmos outros tipos de exames, como o anti-rábico, dentre outros. Acredito que cerca de três meses, conseguiremos realizar um levantamento sobre a população canina e felina do município, além de diminuirmos a leishmaniose em aproximadamente 50% e a raiva em 100%. Mesmo que a cidade não possui casos da doença desde 1995, iremos continuar com a vacinação”, disse Empke. O projeto já foi desenvolvido em outras cidades do interior, como Jardim e Nova Andradina. O objetivo do CCZ é de expandir o projeto, atingido também o perímetro rural da cidade. Em Três Lagoas, existe atualmente cerca de 12 mil cães e em torno de quatro mil gatos.ALERTA A POPULAÇÃOO veterinário ainda alerta a população para que não deixe os cachorros chegarem à fase terminal da leishmaniose. A maioria dos cães com a doença não apresenta sintomas nos primeiros meses porque a evolução é lenta. Os sintomas geralmente aparecem seis a oito meses depois que o animal foi contaminado. Quando a doença está mais evoluída os sintomas são: emagrecimento, apatia, queda de pêlo, conjuntivite, ferida na orelha, calda e focinho, crescimento exagerado das unhas, descamação e ferida na pele. “Os animais não precisam apresentar tais sintomas para os proprietários tomarem as devidas providências e realizarem os exames.Qualquer sinal de que o animal não esteja bem, é aconselhável que procurem os veterinários ou até mesmo o CCZ”, finalizou Empke.

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