15/01/2006 14h57 – Atualizado em 15/01/2006 14h57
Dourados News
O binômio boi-soja deve perder em pouco tempo a condição de principal componente da base econômica do Estado. Será, no entanto, uma perda saudável, já que a posição será ocupada pela indústria, responsável pela agregação de valores à agropecuária. Sair do binômio boi-soja é um dos objetivos da política de incentivos do governo do Estado. De qualquer modo, a agropecuária é um dos setores que estão sendo beneficiados pelo processo de industrialização, que ganhou força nos últimos sete anos e assegura a expansão da agroindústria, favorecendo o crescimento da sojicultura e da pecuária.Para o governador Zeca do PT, o importante é agregar valor aos produtos para que outras atividades também desencadeiem crescimento e gerem empregos dentro do Estado, como o setor de minérios, além de potencializar a chamada “indústria sem chaminé”, o ecoturismo. O diretor-secretário da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Ademar Silva Júnior, disse que a sojicultura e a pecuária de corte vão melhorar seus desempenhos à medida que a industrialização aumentar sua demanda. Segundo ele, é patente o processo de industrialização por que passa o Estado e como os investimentos têm aumentado. “A expansão industrial se comprova em níveis absolutos”. Em termos percentuais, segundo estatísticas da Secretaria de Planejamento e de Ciência e Tecnologia (Seplanct), a indústria concorreu com os demais setores.Em 1998, o setor secundário (indústria) representava 23,8% do PIB (Produto Interno Bruto) estadual, sendo que o principal setor da economia sul-mato-grossense, o primário (agricultura e pecuária), significava 25,2% em 1998. Entretanto, o setor agropecuário cresceu para 32,54% em 2004. O setor de comércio e serviços significou 51% e 44,16%, respectivamente nos anos 1998 e 2004.
