22.7 C
Três Lagoas
segunda-feira, 12 de maio de 2025

Major acusado de abuso de poder e tortura será julgado hoje

16/01/2006 09h43 – Atualizado em 16/01/2006 09h43

RMT online

O major da Polícia Militar (PM), Hélio Gauto depois de mais de um ano, acusado de abuso de poder e tortura contra policiais femininas será julgado pela Auditoria Estadual Militar. A denúncia foi da Cabo Sandra Regina que estava, na época, há 16 anos na Polícia Militar e era uma das mulheres mais antigas na corporação.Gauto será julgado pelos crimes de rigor excessivo, inobservância de lei, regulamento ou instrução e ofensa aviltante contra inferior, que aconteceram em 2004, quando o ele era responsável pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e a Cabo PM Sandra, era sua subordinada na época.O julgamento está marcado para acontecer nesta tarde, às 13h30 no Fórum na Auditoria Militar do Estado. Em dezembro, juntamente com outros oficiais, foi promovido a major.A situação da militar hoje ainda é complicada. Ela está afastada das funções, a Associação de Cabos e Soldados está auxiliando a cabo no processo que ela move o processo de interdição (processo quando o policial militar sofre problema mental, não tem capacidade civil de administrando a vida), podendo ir para a reserva.Denúncia – Sandra resolveu denunciar o capitão Hélio Gauto depois de ter passado mal na sala do chefe em setembro de 2004. “Ele mandou eu apresentar arma, aí eu fiquei assim uma hora (mostrando a posição de apresentação militar, com uma mão na testa e outra ao lado do corpo). Aí eu falei: “Capitão, eu não tô passando bem”. Ele falou: “Você tá mentindo. Pára de chorar”. Eu falei: “Eu não consigo”. Ele falou: “Pára de tremer…”. Eu falei: “Eu não consigo”. Aí ele falou: “Vocês mulheres não têm competência para nada. Não tinha que existir mulher na polícia”, afirma em detalhes a cabo.Ela conta que foi socorrida por colegas de trabalho. “No que me levaram para frente eu desmaiei. Aí eu acordei no hospital”, disse.No laudo médico o diagnóstico: nervosismo. A denúncia da cabo Sandra levou outras policiais a romperem o silêncio. Com medo, elas não chegaram a formalizar denúncia ao Ministério Público, mas levaram ao conhecimento da Associação de Cabos e Soldados de Mato Grosso do Sul outras histórias de abuso de poder e humilhação.

Leia também

Últimas

error: Este Conteúdo é protegido! O Perfil News reserva-se ao direito de proteger o seu conteúdo contra cópia e plágio.