18/01/2006 11h08 – Atualizado em 18/01/2006 11h08
Reuters
A polícia da Grã-Bretanha descobriu um plano para sequestrar Leo, o filho de 5 anos do primeiro-ministro do país, Tony Blair, disse o jornal The Sun na quarta-feira.Atribuindo as informações a um membro não identificado das forças de segurança, o tablóide afirmou que pessoas pertencentes a um grupo envolvido na defesa dos direitos de pais separados haviam planejado sequestrar a criança e ficar com ela por um pequeno período de tempo como forma de chamar atenção.Depois da reportagem, o grupo Fathers 4 Justice (pais pela justiça) suspendeu suas atividades e confirmou que a polícia havia interrogado alguns de seus ex-integrantes antes do Natal.O Fathers 4 Justice realizou várias ações de grande visibilidade nos últimos anos. Um membro do grupo vestido com uma fantasia de Batman entrou na residência da rainha Elizabeth em 2004. Outro atirou bombas de farinha colorida em Blair quando o premiê discursava no Parlamento.O grupo diz que as cortes britânicas restringem injustamente o acesso dos pais a seus filhos em meio a disputas pela guarda das crianças.Segundo o jornal The Sun, policiais descobriram o plano no estágio inicial de preparação, pouco antes do Natal, e o frustraram.Nem a polícia nem o gabinete de Blair quiseram se manifestar sobre o caso.No entanto, não houve notícias sobre a prisão de suspeitos, o que fez surgirem especulações nos meios de comunicação de que as forças de segurança acreditavam que os responsáveis pelo suposto plano de sequestro não haviam avançado muito nos preparativos da ação.O jornal não ofereceu detalhes sobre como o grupo pretendia burlar a rígida segurança que cerca Blair e a família dele a fim de sequestrar Leo.Segundo a BBC, integrantes da polícia haviam confirmado estarem cientes de um possível plano, mas não estavam convencidos de que os responsáveis por ele teriam a capacidade de realizá-lo com sucesso.O chefe do Fathers 4 Justice disse que havia suspendido as operações do grupo como resultado da reportagem do jornal The Sun e que acabaria com a organização em caráter definitivo se ela tivesse sido “tomada por militantes”.”Depois de fazer campanhas pacíficas durante três anos para garantir que as crianças consigam ver seus pais, condenamos qualquer pessoa que tenha planejado esse absurdo horroroso”, afirmou Matt O’Connor em um comunicado.O’Connor, 38, disse à Reuters que seu grupo havia expulsado cerca de 30 membros no ano passado porque eles falaram em realizar ações radicais.O jornal The Sun afirmou que as forças de segurança revisaram o esquema de segurança oferecido a Blair, a Cherie, mulher dele, e aos quatro filhos do casal. Policiais armados vigiam-nos 24 horas por dia