18/01/2006 11h04 – Atualizado em 18/01/2006 11h04
Terra/Dourados News
A estudante Taiane Amorim Brito, 21 anos, aprovada pelo sistema de cotas para estudantes oriundos da rede pública na Universidade Federal da Bahia (UFBA) teve a matrícula cancelada no dia 16 de janeiro.
Após ela cursar um semestre medicina, uma investigação apontou que a jovem fez o ensino médio em escola privada. A estudante vai responder a um processo penal, movido pelo Ministério Público, e outro cível, movido em conjunto pela universidade e pelo MP.
Diante da comprovação de fraude no sistema de cotas, a Procuradoria Jurídica e a Pró-reitoria de Graduação da UFBA vão analisar os dados escolares dos estudantes aprovados nos vestibulares de 2003 a 2005.
Segundo a procuradora da UFBA, Anna Guiomar Vieira Nascimento, de agora em diante o histórico escolar dos estudantes vai ser checado no ato da matrícula. A vaga da estudante vai ser ocupada pelo candidato cotista melhor colocado que não tenha entrado por falta de vagas.
O candidato cursará já o primeiro semestre de 2006, mas como será registrado como aluno egresso no semestre 2005.2, será concedido um trancamento especial, para não ferir os regimentos da universidade.
Taiane apresentou um histórico escolar falso, segundo o qual ela havia cursado todo o ensino médio em escolas públicas – é exigência do sistema de cotas que o estudante tenha cursado pelo menos uma série do ensino fundamental e todo o ensino médio na rede pública. A partir de denúncia anônima, o Ministério Público Federal constatou que a estudante havia cursado o último ano do ensino médio numa escola particular.
A Pró-reitoria de Graduação apurou que Taiane havia sido contemplada pelo sistema de cotas e a Procuradoria Jurídica cancelou sua matrícula, no dia 30 de dezembro do ano passado.




