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quarta-feira, 14 de maio de 2025

Cidade mantém hanseníase sob controle

19/01/2006 17h16 – Atualizado em 19/01/2006 17h16

Daniela Galli

O CEM (Centro de Especialidades Médicas) possui diversos programas de combate a doenças. Uma delas é a hanseníase que pode ser contagiosa em alguns casos.O coordenador do programa é o fisioterapeuta Antônio Carlos Modesto que explica como a OMS (Organização Mundial de Saúde) acompanha as estatísticas da doença. Os números mais importantes são referentes à incidência, que trabalha com a quantidade de novos casos e a prevalência que utiliza casos em tratamento com base para o cálculo. Ambos os números baseiam-se em casos a cada 10 mil habitantes. Modesto revela que em 2005 a prevalência de Três Lagoas ficou em 2,3 e a incidência em 3,0. “A meta da OMS é que esses números sejam inferiores a um”. O fisioterapeuta esclarece que os dados atuais já excluem a cidade da lista de municípios prioritários no combate à hanseníase.Há cinco anos na coordenação do programa, Modesto afirma que a erradicação só seria possível com uma vacina. Entretanto nenhum pesquisador conseguiu cultivar in vitro o bacilo de hansen, causador da doença. MANIFESTAÇÃOA hanseníase é uma doença infecto contagiosa que se manifesta na pele e nos nervos periféricos do organismo. Os primeiros sinais são manchas brancas ou vermelhas pelo corpo. Há também uma diminuição da sensibilidade no local. Modesto revela que em alguns tipos de manifestação pode haver queda de cabelos, dores nos nervos e nódulos. A transmissão é feita por vias respiratórias através da fala, de espirro ou tosse.TRATAMENTOTão logo a pessoa perceba algum dos sintomas, é necessário procurar um especialista ou um posto de saúde. “Quanto mais atrasado o diagnóstico, maiores serão as complicações para o paciente”, enfatiza Modesto.Nos casos suspeitos, a pessoas passa por um teste de sensibilidade de dor frio ou calor na região da mancha. Os sintomas são avaliados em um exame clínico e posteriormente é coletada uma amostra da pele para biópsia. O tratamento pode durar de seis a doze meses. Os medicamentos são fornecidos gratuitamente pelos postos de saúde. Os pacientes recebem acompanhamento médico mensal. Quando há indícios de abandono do tratamento Modesto diz que sai à procura. “Os agentes comunitários realizam visitas domiciliares aos que não compareceram à consulta”.DIA DO Dia mundial de combate à hanseníase será na próxima terça-feira, 24. A data é apenas para relembrar os cuidados com a doença. Modesto explica que as ações do CEM são feitas durante todo o ano como distribuição de folhetos explicativos sobre a doença ao programa de saúde da família. Além de cartazes espalhados pelo comércio e divulgação nos meios de comunicação.

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