28/01/2006 13h48 – Atualizado em 28/01/2006 13h48
Terra
Romário faz 40 anos no domingo e segue jogando futebol com o objetivo de atingir a marca de mil gols em sua gloriosa carreira, que inclui conquistas importantes, a principal delas o tetracampeonato mundial com a seleção brasileira em 1994. Segundo as contas do atacante, ele soma 949 gols. Seu clube, o Vasco da Gama, tem até transformado jogos-treino em amistosos para ajudá-lo a realizar o desejo. “Vou tentar chegar aos mil gols, mas, se não der, o mais próximo disso”, disse Romário na última quarta-feira, após marcar dois gols em jogo contra o Angra dos Reis. Romário não tem mais a mesma agilidade de antes, mas seu faro de gol e boa finalização o transformaram no artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2005. O auge do atacante, porém, aconteceu em 1994, quando ele ajudou o Brasil a ganhar a Copa do Mundo dos EUA e foi o escolhido o melhor do ano pela Fifa. Além disso, conquistou o título espanhol com o Barcelona. Pela seleção, Romário ganhou ainda a medalha de prata na Olimpíada de Seul, em 1988, a Copa América de 1989 e de 1997, e a Copa das Confederações em 97. Além de ter jogado no futebol espanhol, o brasileiro atuou na Holanda, no clube PSV Eindhoven, sendo campeão holandês em 1989, 1991 e 92. Mas ele nunca escondeu que sua “praia” é o Rio de Janeiro. Carioca, ele passou por três clubes grandes da cidade: Flamengo, Fluminense e o Vasco, onde iniciou a carreira em 1985 e onde provavelmente vai pendurar as chuteiras. Se colecionou muitos títulos e conquistas, Romário também é protagonista de uma série de polêmicas. Após ser cortado da Copa de 1998, por contusão, ele estampou na porta do banheiro de seu bar caricaturas do técnico Zagallo e de Zico, coordenador daquela seleção, sentados em um vaso sanitário. A “brincadeira” gerou polêmica com Zico e Zagallo, que não gostaram da “homenagem”. Conhecido pela língua afiada, Romário não poupou nem Pelé, que disse no ano passado que o atacante do Vasco deveria se aposentar. O Baixinho respondeu que “Pelé calado é um poeta” e que “ele deveria colocar um sapato na boca”. O atacante também costuma dizer que quando ele nasceu Deus apontou o dedo para ele e disse: ”Esse é o cara”. Mais recentemente, dias antes de sua despedida pela seleção brasileira num amistoso contra a Guatemala em 2005, o atacante disse que continua jogando, apesar da idade, graças ao baixo nível técnico da maioria dos jogadores em atividade no país.