30/01/2006 10h29 – Atualizado em 30/01/2006 10h29
Folha da Região
O corpo de Welinton Ricardo Célice, 16 anos, foi encontrado no início da noite de quinta-feira boiando no córrego Maria Chica, atrás da Campezina, em Penápolis. O pai do adolescente, Geraldo Célice, 50, reconheceu o corpo na manhã de ontem. Ele disse que o filho sofria de convulsão, o que pode ter provocado a morte enquanto nadava.Geraldo havia procurado a polícia na manhã de quinta-feira para informar que o garoto estava desaparecido. Ele contou que por volta de 11h de quarta-feira a vítima brincava com o irmão de 9 anos em frente de casa, na Vila São Vicente, e sofreu convulsão. “Ele bateu a cabeça na calçada, pois o menor não conseguiu segurá-lo”, disse. O pai teria conversado com Welinton para saber se estava bem e ele teria dito que não havia acontecido nada.Depois disso, o adolescente saiu e não teria mais retornado. O corpo foi encontrado vestido apenas com um short e sem documentos. Segundo o médico legista que realizou a autópsia, João Carlos D’Elia, o corpo deveria estar na água há pelo menos 24 horas. “Provavelmente ele tenha batido a cabeça e caído na água, pois não há indícios de que tenha se afogado”, revela. O corpo apresentava lesões na cabeça e no pescoço.O pai do garoto revelou que Welinton sofria de convulsão desde os 9 anos de idade, por isso, tomava seis comprimidos por dia. Mesmo assim, afirmou que era comum o rapaz sumir de casa. “Teve uma vez que ele pegou ‘rabeira’ em um trem e foi parar em Araçatuba, de onde retornou um dia e meio depois”, contou.Gerlado diz que o filho tinha costume de nadar no córrego Maria Chica e também no Lageado, apesar de ser chamado a atenção para o risco. “Sabia que isso podia acontecer algum dia”, lamentou.Como foi encontrado já em estado avançado de decomposição, o corpo não foi velado, sendo enterrado às 13h no cemitério de Penápolis.
