30/01/2006 19h14 – Atualizado em 30/01/2006 19h14
Silvia Frias/Midiamax News
A desembargadora Ramza Tartuce, do TRF(Tribunal Regional Federal) 3ª Região indeferiu o pedido de liberdade protocolado pelos empresários Nilton Rocha Filho e os filhos Aurélio Rocha e Nilton Fernando Rocha, presos desde o dia 15 de janeiro. Os três e outras dezesseis pessoas foram investigadas pelo PF (Polícia Federal) pelos crimes contra a ordem tributária, falsidade ideológica, crimes de lavagem e ocultação de bens e formação de quadrilha. Além dos três, estão presos ainda os contadores Paulo Roberto Campione e Milton Carlos Luna, que tiveram recurso negado pela desembargadora Ramze Tartuce no dia 24 de janeiro. O indeferimento foi definido na sexta-feira, dia 27 de janeiro. A partir de hoje, a Justiça Federal começa a ouvir os indiciados no inquérito aberto pelo MPF (Ministério Público Federal), que será iniciado com Nilton Rocha Filho, que juntamente com os filhos, é proprietário da Cerealista Campina Verde.Os cinco foram levados para cela da PF em Dourados e já transferidos para Campo Grande. Na denúncia, apresentada no dia 9 de janeiro pelos procuradores Silvio Pereira Amorin, Jerusa Burman e Danilce Vanessa Camy, As empresas constituídas comercializavam grãos, embora a atividade fim da Campina Verde, a principal, seja apenas de armazenamento. Os tributos federais e estaduais não foram recolhidos e normalmente, as empresas eram facilmente fechadas após período de dois anos, sendo renovada com novo nome e novos sócios para continuidade do esquema. Pela denúncia, a “sonegação era possível e sem maiores conseqüências porque, sendo as empresas envolvidas, apenas de ‘fachada’, não tinham qualquer preocupação com a correta escrituração fiscal e prestação de declarações ao fisco (…)”. De acordo com o MPF, entre 2000 a 2005 foram movimentadas em empresas laranjas ligadas à Campina cerca de R$ 1,8 bilhão. A sonegação com a Receita Federal e INSS somaria cerca de R$ 180 milhões.