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segunda-feira, 26 de maio de 2025

Assassinato de jornalista pode ter 6 envolvidos

11/02/2006 11h10 – Atualizado em 11/02/2006 11h10

Correio do Estado

Pode chegar a seis o número de envolvidos com o assassinato do jornalista André Luiz Costa Felipe, 25 anos, ocorrido na madrugada do último domingo, na MS-080, região da saída para Rochedo, em Campo Grande. Na manhã de ontem os policiais do Grupo Armado de Resgate e Repressão a Assaltos e Sequestros (Garras) apresentaram mais dois envolvidos com o crime: o borracheiro Allan Bruno Gonçalves Ribeiro, 20 anos, que tem apelido de “Pega”, e Alcizino Valério dos Santos Júnior, 19, que é conhecido como “Alemão” e “Teteco”.Allan e Alcizino, conforme os agentes do Garras, ajudaram a executar o plano de matar o jornalista, arquitetado pelo militar do Exército Ronaldo Everaldo Ferreira Marinho, 22 anos, o qual está preso desde a noite da última segunda-feira, juntamente com seu colega de farda, Bruno da Silva Galvão, 19. Allan contou ontem que comprou por R$ 60 todo o material retirado do GM Celta de André Felipe, como o aparelho de som, tapetes, estepe, macaco e triângulo. O borracheiro ainda teria auxiliado Ronaldo Marinho a abandonar o carro do jornalista no início da tarde de domingo, no Anel Viário da Capital, região da saída para São Paulo. Allan, segundo o titular do Garras, delegado Luiz Ojeda, teria usado sua motocicleta para trazer Marinho de volta do local em que o carro de André foi deixado. “Ele chegou a trocar o pneu da motocicleta, para que o rastro deixado por ela não fosse reconhecido pelos policiais”, disse o delegado.Já o pintor Alcizino Valério do Santos Júnior foi a pessoa que alugou para Ronaldo Marinho o revólver calibre 32 utilizado para matar o jornalista. “O Marinho me prometeu R$ 100 para que eu deixasse ele ficar uma semana com a arma”, contou o pintor, que já possui antecedente criminal por homicídio.AbusosAndré Felipe foi assassinado com três tiros na cabeça na madrugada de domingo, quando estava em seu carro com Ronaldo e Bruno. O jornalista conhecia os dois há pelo menos quatro meses, e inclusive, relacionava-se com Ronaldo. Depois de matarem André, os militares do Exército fugiram com o carro dele. No centro da cidade, eles teriam colocado três garotas de programa dentro do veículo, e chegaram a ser parados por uma equipe da Polícia Militar, depois que andaram pelo menos um quarteirão inteiro da Rua Barão do Rio Branco pela contramão.Ronaldo e Bruno chegaram a ser detidos pelos PMs, pois estavam sem carteira de habilitação, mas foram liberados depois que pagaram cerca de R$ 10 para um mototaxista dirigir o Celta. A poucos metros do local da abordagem, o mototaxista devolveu o veículo à dupla, a qual voltou ao Bairro Tijuca, onde Marinho reside. Lá, Bruno desceu do carro e foi dormir, pois trabalharia no dia seguinte, mas Marinho continuou o passeio com Allan, Alcizino e um rapaz identificado como Vinicius, e que tem o apelido de “Sereia”.Outros suspeitosDepois do passeio, Marinho e seus amigos guardaram o carro do jornalista na casa de um rapaz do Bairro Tijuca, identificado apenas pelo apelido de Zé. Ao meio-dia de domingo, o militar e Allan foram ao Anel Viário, onde abandonaram o veículo. Alcizino foi indiciado no crime de latrocínio (morte seguida de roubo) juntamente com Ronaldo e Bruno. Allan foi preso em flagrante pelo crime de receptação, mas também pode ser indiciado por latrocínio.Sereia e Zé, os outros dois prováveis envolvidos, ainda serão ouvidos pelos policiais do Garras.

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