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domingo, 14 de dezembro de 2025

Austrália importa parte de demitidos do Margem

14/02/2006 10h00 – Atualizado em 14/02/2006 10h00

Correio do Estado

Uma opção para boa parte dos trabalhadores demitidos do Frigorífico Margen, de Três Lagoas, é buscar emprego fora do País. Empresas especializadas em recrutamento anunciam vagas de desossador e serviço na área de abate para atuarem na Austrália, o que vem atraindo a atenção de muitos desempregados, os quais se encaixam no perfil por ter experiência de três anos, com carteira assinada. Somente em setembro do ano passado, antes mesmo de estourar a crise do Grupo Margen, uma remessa de dez profissionais foi mandada para a Austrália, segundo informações de uma das empresas responsáveis pela seleção.Pelo menos mais 100 pessoas devem ser mandadas para fora do País para trabalhar nos setores de abate e desossa de alguns frigoríficos, como explica José Pereira, proprietário dessa empresa de recrutamento. O contrato dura em média quatro anos e os interessados têm de passar por uma seleção, feita no Brasil.”Os testes são realizados no Paraná, o primeiro é o exame médico, feito em Maringá (PR). Já tenho muitas pessoas para agendar os exames”, comenta. O próximo passo é a prova prática, feita em Paranavaí (PR), onde o interessado desossa a parte dianteira e traseira do boi, sendo filmado, o que posteriormente é mandado para a empresa analisar. A resposta chega depois de 90 dias, prazo que pode ser esticado caso haja grande número de concorrentes.Passada a segunda etapa, começa o processo de documentação, parte feita pela empresa de recrutamento.CustosPara esta mudança de vida há um valor a ser investido. O interessado arca com os exames pedidos pela empresa e o valor gira em torno de R$ 600, além do passaporte. Todo o valor gasto é reembolsado pela empresa na hora da contratação. A viagem é custeada pela empresa que contrata os funcionários brasileiros.O salário varia em aproximadamente US$ 37,100 mil por ano, e deste valor, por volta de US$ 500 são descontados do profissional com despesas da empresa, entre contratação e passagem. “A maioria foi morar em repúblicas e a empresa os manda a cada ano para seu país de origem. Alguns acabam levando mulher e filhos, e o contrato pode ser cancelado a qualquer momento”, conclui Pereira.

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