14/02/2006 08h57 – Atualizado em 14/02/2006 08h57
Jornal da Tarde
Nem o próprio delegado-geral da Polícia Civil, Marco Antônio Desgualdo, conseguiu escapar da violência na Capital. Ele e sua família protagonizaram uma cena já bastante comum aos paulistanos: dentro do carro particular, viveram momentos de pânico, ao serem surpreendidos por ladrões aparentemente armados. O crime aconteceu quando o veículo passava lentamente próximo a um retorno, na região da Avenida Jabaquara, na Zona Sul da Capital. Eram 20h40 de domingo. O delegado-geral, a mulher dele, Marina Desgualdo, e uma das filhas do casal foram abordados por ladrões, que exigiam dinheiro. O delegado reagiu ao assalto. Disparou pelo menos um tiro contra seus algozes. Não conseguiu, porém, evitar a fuga dos assaltantes. Os bandidos fugiram a pé, sem levar nada. Ontem à tarde, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou o ocorrido com o delegado-geral. A tentativa de roubo não chegou a ser registrada em uma delegacia de bairro. A secretaria informou apenas que Desgualdo e a família preferiram registrar um Boletim de Ocorrência no Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado (Deic). No entanto, não quis dizer em qual delegacia do Deic o crime está sendo investigado. Até o final da tarde da noite, ainda segundo a SSP, nenhum dos criminosos havia sido identificado ou preso. A ação dos criminosos foi rápida. Como Desgualdo e a família não estavam sendo escoltados, assim que os assaltantes fugiram, a vítima pediu apoio rápido das polícias de elite. Viaturas do Grupo de Operações Especiais (GOE) e Grupo de Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra) logo cercaram a região, mas os ladrões já haviam desaparecido sem deixar rastros. Durante a operação de caça aos bandidos, os policiais foram orientados a somente trocar informações na “baixa freqüência” para que o crime não ganhasse repercussão. Ou seja, se comunicaram apenas por celulares e rádio Nextel, fora da rede oficial de telecomunicação da Polícia Civil (Cepol).




