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quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Consumidores denunciam empresa de interfones

16/02/2006 14h06 – Atualizado em 16/02/2006 14h06

Ari Theodoro/ Noticidade/ Três Lagoas FM

Mais uma empresa com ações suspeitas está agindo em Três Lagoas. Os ramos de atuações seriam interfones e alarmes eletrônicos principalmente. Supostos funcionários visitaram recentemente a população da Vila Piloto. A reportagem da Três Lagoas FM registrou o caso da dona de casa, Maria de Carvalho, de 53 anos, que adquiriu o equipamento (interfone) e pagaria seis parcelas de R$ 83,00 pelo produto. Mas recentemente alguns representantes da empresa com nome de “Campaiva” visitaram a senhora e disseram que a indústria estava recebendo muitas reclamações dos clientes, por isso estavam retirando os materiais. Os representantes, inclusive criticando o próprio produto, perguntaram se ela queria cancelar a compra também. Dona Maria aceitou, porém foi cobrada uma taxa de R$ 20,00 para retirada do aparelho. No entanto, o maior problema foi quando o filho dela, o professor Gilmar Bastos, entrou em contato com a tal empresa em São Paulo. Ele, que reclama de mal atendimento também, foi informado que, na verdade, a taxa para a desistência seria de R$ 180,00 e deveria ser feita somente com “autorização” da matriz na Capital paulista. Isso quer dizer que a família ficou sem o equipamento, mas mesmo assim terá de pagar as prestações até que não haja um amparo legal para o caso. ”Vamos procurar nossos direitos, mas acho que dificilmente recuperaremos os danos. De qualquer forma, fica o alerta para que novas pessoas não venham a sofrer com situações deste gênero”, disse Bastos.A reportagem entrou em contato com o Procon de Três Lagoas. O diretor do órgão, Luis Carlos Alonso, confirmou que a empresa Campaiva, que às vezes também aparece com o nome “Camp Line”, é uma das campeãs em reclamações. Segundo ele, desde 2004 há queixas no Procon contra a empresa, somando, em média, 70 registros. O diretor informou ainda que vários casos já foram encaminhados ao Ministério Público Estadual e que a indústria não tem escritório ou nenhum tipo filial por aqui, somente alguns “vendedores ambulantes” que agem de forma muito suspeita.”Estamos tomando as providências cabíveis. Mas a população tem que ter consciência dos riscos que corre ao comprar de empresas desconhecidas”, alertou Alonso. Ele finalizou explicando que as pessoas não devem se iludir com promoções, principalmente quando pessoas de fora, independentemente do tipo de produto oferecido, aparecem com propostas do gênero. “Este tipo de gente desrespeita os consumidores e aproveita a ingenuidade de alguns idosos”, comentou Bastos, se referindo à compra, realizada pela sua mãe, que aconteceu no momento em que ele não estava em casa.

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