22/02/2006 08h24 – Atualizado em 22/02/2006 08h24
Terra
O fim da rebelião da Penitenciária Feminina Sant’Ana, na zona norte da capital, foi negociado por meio de uma teleconferência na segunda-feira por líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) detidos no interior do Estado.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a decisão foi tomada entre quatro presos, uma advogada e a mesa de negociação formada pelo coordenador dos presídios da capital, Perci de Souza, a direção do presídio e o diretor do Departamento de Inteligência, coronel Olinto Neto Bueno.
O motim, que deixou oito funcionárias feridas, terminou quando a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) concordou em remover, do Anexo da Casa de Custódia de Taubaté, as 15 detentas integrantes do PCC transferidas da capital para lá na sexta-feira. As rebeladas alegavam que as mulheres corriam risco de morte naquela unidade, que abriga detentos da facção rival Terceiro Comando da Capital (TCC).
De acordo com informações da SAP e agentes penitenciários, a transferência foi apenas uma desculpa. “Havia mais de dez dias sabíamos que o PCC tinha autorizado essa rebelião. A estratégia da facção é desestabilizar o sistema prisional para prejudicar o PSDB nas eleições”, disse uma autoridade ao jornal.




