23/02/2006 08h40 – Atualizado em 23/02/2006 08h40
Bom Dia MS
A importância dos migrantes na economia de Mato Grosso do Sul é incontestável. Em um Estado que ainda não completou três décadas, quem veio de fora teve papel fundamental no desenvolvimento.
Uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), revela que em MS, os migrantes ganham mais do que os trabalhadores que são do próprio Estado. O nível escolar também é maior do que os trabalhadores da região.
Mato Grosso do Sul é o destino de pessoas de diferentes regiões do país, que buscam trabalho e qualidade de vida. Quase 700 mil migrantes vivem no Estado. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 30% da população.
O empresário João Ermelino deixou o Rio Grande do Sul há 26 anos para ganhar a vida em São Gabriel do Oeste. Ele conta que o começo foi difícil mas agora colhe os frutos de empresário bem sucedido no ramo de fertilizantes.
Um levantamento feito pelo IPEA, revela que as pessoas vindas de outras regiões ganham em média 8,54% a mais do que as pessoas que são do próprio Estado. A pesquisa mostra, ainda, que o nível de escolaridade dos migrantes é menor. Mais da metade ficou menos de oito anos na escola.
De cada 10 habitantes de Mato Grosso do Sul, três são de outros Estados. Gente que veio a procura de oportunidades para melhorar de vida. Alguns alcançaram os objetivos, outros enfrentam a dura realidade do desemprego.
O motorista Alberto Alexander Barbosa lima está voltando para São Paulo porque não conseguiu o que procurava, um emprego. Ele é uma das 50 pessoas atendidas em um albergue, em Campo Grande. Aqui elas têm comida e lugar para dormir, mas precisam trabalhar para ganhar a passagem de volta para casa.
Nos anos 70, a maioria dos migrantes vinha de Mato Grosso, agora é de São Paulo a origem da maior parte das pessoas que se mudam para MS. Cerca de 20% da população brasileira é migrante. As maiorias dos migrantes são da região nordeste que vão para a região sul.
