06/03/2006 15h56 – Atualizado em 06/03/2006 15h56
EFE
Betty Bennett, que perdeu seu filho Eric nos atentados contra as Torres Gêmeas, em 2001, conserva viva sua memória com a ajuda de um anel que ela usa sempre, no qual foi engastado um diamante fabricado a partir das cinzas de Eric.”É uma parte dele que está comigo todo o tempo”, explicou Bennett ao jornal New York Post, que hoje relata a determinação desta mãe de Michigan para manter presente a lembrança de seu filho, assim como detalhes sobre o novo procedimento.Além deste diamante, a família encomendou outro para a irmã de Eric, que trabalhava como vice-presidente da firma Alliance Consulting na época dos atentados de 11 de setembro de 2001, em Nova York.A mulher explicou que, em princípio, a família pensou em espalhar as cinzas da varanda do apartamento em Nova York onde seu filho morava. Eric se mudou para a cidade após finalizar seus estudos universitários em Michigan, aos 29 anos. Ele estava numa reunião de trabalho com outros funcionários no apartamento 102 da Torre Norte quando aconteceu o primeiro impacto de um dos aviões seqüestrados pelos terroristas.Depois dos funerais e outras solenidades em sua memória, a mãe foi informada por uma amiga sobre este novo método de fabricar um diamante a partir do carbono extraído das cinzas de um morto.Os diamantes foram produzidos pela empresa LifeGem, de Chicago, que oferece diversos modelos, tamanhos e preços para satisfazer os desejos dos clientes. Basta um grama de cinzas para extrair o carbono, que é submetido a altas temperaturas e intensa pressão para criar um diamante, que depois será lapidado. O preço oscila entre US$ 2,7 mil e US$ 20 mil.Segundo o jornal, outra variante deste negócio, que cresce em popularidade, são as jóias elaboradas a partir das cinzas de animais domésticos muito queridos por seus donos.