07/03/2006 13h27 – Atualizado em 07/03/2006 13h27
EFE
A polícia italiana prendeu nesta terça-feira (7) 18 pessoas –entre elas dois ex-prefeitos e dois diretores de uma empresa da capital Roma– em uma operação contra a máfia lançada após a descoberta de uma rede de subornos e irregularidades na construção de um centro comercial perto de Palermo, na Sicília (sul do país). As detenções foram feitas na madrugada de hoje em várias áreas da Sicília e nas cidades de Roma, Bolonha e Modena, a pedido da Direção Antimáfia do Distrito de Palermo (DDA, na sigla em italiano), informaram fontes policiais. Entre os detidos, está Francesco Lo Presti, 63, que é ex-prefeito de Catania e estaria à frente de um esquema de subornos relacionados à futura construção de um centro comercial na localidade de Villabate, nos arredores de Palermo. Junto a Presti, foi detido Lorenzo Carandino, 36, ex-prefeito de Villabate, que é acusado de colaboração com a associação mafiosa devido a irregularidades na aprovação do plano do centro comercial, da qual se ocupava a empresa romana Asset. Corrupção Os representantes da empresa, Giuseppe Daghino e Paolo Pierfrancesco Marussig, também figuram entre os detidos com a acusação de corrupção, ao lado de vários assessores municipais e dois arquitetos. Segundo os investigadores, a Asset tinha pago à máfia siciliana para que a ajudasse a “superar” as dificuldades urbanísticas e formais enfrentadas pelo projeto imobiliário. As investigações descobriram uma suposta rede de vínculos entre os negócios da máfia siciliana e o mundo empresarial e político da ilha, além de novos dados sobre a proteção dada ao fugitivo Bernardo Provenzano, o líder da Cosa Nostra. As declarações de dois ex-mafiosos ajudaram nas investigações. Um deles está detido por ter fornecido um documento de identidade a Provenzano, a quem a polícia procura há mais de quatro décadas.
