15/03/2006 11h08 – Atualizado em 15/03/2006 11h08
Fatima News
Nos primeiros meses do ano, época em que a Receita Federal, em geral, anuncia a suspensão dos CPF que estão em situação irregular, aumentam os casos de fraudes virtuais.Preocupada com a propagação de e-mails falsos, que buscam induzir os contribuintes a fornecerem informações, a Receita Federal tem alertado os contribuintes para o fato de que não envia mensagens sem a autorização do contribuinte.Mas, como funciona a fraude? Simples, os fraudadores aproveitam esta época em que o contribuinte está preocupado com a entrega da declaração de IRPF para enviar e-mails falsos em nome da Receita, convocando o usuário a regularizar sua situação cadastral.Porém, nos últimos tempos as mensagens têm se sofisticado. Agora, além do timbre do Governo Federal, Receita Federal e do Ministério da Fazenda, a mensagem exibe um certificado digital que comprova a autenticidade do site.Para tanto, os fraudadores incluem no código de HTML do e-mail links para páginas do site da Receita, que efetivamente possuem certificado digital. Assim, quando abre a mensagem, a vítima se vê diante de um pop-up que o avisa de que está acessando um site certificado pela ICP-Brasil (Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira).De sua parte as vítimas são “fisgadas” pelo bolso: o e-mail alerta que algumas restituições foram feitas de forma equivocada, o que daria à vítima direito ao recebimento de um saldo adicional.Diante disso, a vitima é convidada a clicar em dois links, um referente aos usuários que já receberam restituição e outro para aqueles que ainda não receberam. Ao clicar no link o usuário aciona o download de um vírus do tipo cavalo de tróia, que, através de programa espião, rouba a senha das vítimas e as envia por e-mail para o golpista.Para quem tem anti-vírus e acredita que esteja seguro, a empresa de segurança Batori Software & Security alerta que dos 24 anti-vírus que analisou apenas 11 detectaram a presença do vírus, sendo que dentre os que falharam estava o da Symantec, um dos mais comuns do mercado.De sua parte a Receita reitera que não envia, em hipótese alguma, mensagens eletrônicas sem a autorização do contribuinte. Assim sendo, se você recebeu algum e-mail dessa natureza recentemente, a Receita recomenda que o contribuinte apague imediatamente a mensagem recebida, e que:Nunca abra qualquer arquivo anexado: em geral são arquivos executáveis que causam danos ao computador e/ou procuram captar informações sigilosas;Nunca acione links:mesmo que esteja escrito o nome da Receita as mensagens de clique aqui não foram enviadas pelo órgão. “O contribuinte não deve responder a qualquer mensagem dessa natureza, sob risco de estar repassando aos fraudadores dados pessoais, fiscais e bancários”, alerta o órgão. Na dúvida, ao invés de acessar o endereço a partir do e-mail, entre diretamente no site, ou ligue para a Receita Federal para confirmar a informação.





