16/03/2006 09h28 – Atualizado em 16/03/2006 09h28
Júlio Melo
A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul- UFMS Campus I e II de Três Lagoas, vem enfrentando uma séria crise: a falta de professores na instituição.Dentre outros cursos, os alunos de Ciências Contábeis, Administração, Direito e principalmente História estão reivindicando a contratação imediata de docentes. Segundo os acadêmicos tal exigência é na verdade uma medida paliativa, uma vez que o quadro efetivo é insuficiente e vai de mal a pior.No dia 7 de março deste ano, alunos de História, curso que conta com apenas 3 professores concursados lideraram uma manifestação na unidade I interditando inclusive trecho da Avenida Capitão Olinto Mancini buscando apoio da comunidade.IMPASSEDe acordo com a profª Drª Maria Celma Borges, do curso de História, há mais de 1 mês, os alunos tem apenas algumas aulas, chegando ao ponto de certos anos terem somente um dia de aula por semana. Ela esclareceu ainda o fato de que desde quando veio lecionar História em Três Lagoas, no fim da década de 90, a faculdade apresentava situação semelhante e que de lá para cá não houve grandes avanços. “Estamos cobrando o mínimo do mínimo”, afirma a professora.“Os alunos devem continuar reivindicando, pois a força maior são eles mesmos”acrescentou Maria Celma“Não queremos de forma alguma perder o ano letivo,o curso precisa continuar e vamos lutar por isso”, diz Lays Mathias, aluna do 2º ano História.A diretora do campus de Tres Lagoas(CPTL), Marlene Durigan foi até Campo Grande e o reitor Manoel Peró já tem ciência do fato, mas ainda não tomou nenhuma decisão plausível. A comunidade acadêmica em sua maioria está indignada com a falta de responsabilidade da reitoria. Eles criticam também a criação de novo campus, novos cursos, novos turnos alegando que esse tipo de política ilusória de expansão vem atender, sobretudo a interesses político-eleitoreiros, uma vez que os campus já existentes se encontram em descaso e o seu corpo físico e docente ficam a desejar.Com relação à precariedade dos cursos a reitoria disse que irá solucionar o problema, contundo professores e alunos exigem do reitor atitudes mais concretas que possam ser vistas efetivamente nos campus de Três Lagoas e não soluções que se limitem ao papel ou que se encerrem apenas ao campus da capital Campo Grande.





