16/03/2006 13h35 – Atualizado em 16/03/2006 13h35
Folha Online
O número de vítimas da violência sectária na capital iraquiana, Bagdá, foi elevado a uma média de 30 por dia –contra dez por dia registradas anteriormente– após o atentado contra um importante santuário xiita ocorrido no mês passado, informou um porta-voz do Exército norte-americano nesta quinta-feira (16). A retirada de corpos das vítimas–muitas delas com as mãos e pés amarrados e com sinais de tortura– sempre foi um retrato da violência no país. O número de ocorrências do tipo aumentou consideravelmente depois das explosões contra uma mesquita xiita em Samarra, que ocasionaram ataques contra templos e casas em regiões sunitas. Ao menos 80 corpos foram encontrados em Bagdá em um período de 48 horas nos início desta semana. As mortes aconteceram após um fim de semana marcado por violentos ataques –entre eles, um atentado que matou 58 pessoas em um mercado da cidade xiita de Sadr City. Segundo o general Rick Lynch, a rede Al Qaeda e terroristas estrangeiros estariam por trás da maior parte dos ataques, em uma campanha que visa incitar a violência sectária no Iraque. “Quando eles explodiram a mesquita em Samarra, em 22 de fevereiro, esta foi a razão (…). Nós acreditamos que aqueles assassinatos foram uma combinação de atividades da Al Qaeda e de terroristas estrangeiros para provocar retaliações”, disse Lynch.
