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domingo, 14 de dezembro de 2025

CPI dos Correios listará mais 50 suspeitos

28/03/2006 14h44 – Atualizado em 28/03/2006 14h44

Folha de SP

A CPI dos Correios identificou cerca de 50 novos assessores parlamentares que ou receberam recursos das empresas e corretoras ligadas ao “valerioduto” ou que estiveram na agência do Banco Rural em Brasília onde o “mensalão” era distribuído. A Folha consultou a relação e localizou dois assessores de deputados do PMDB, um do PTB, um do PP e outro do PT, que já serviu ao deputado cassado José Dirceu. Os quatro partidos compõem a base de sustentação do governo.Dos 50 nomes, pelo menos 14 receberam recursos das empresas e corretoras ligadas ao “valerioduto”, o que não significa que tenha havido irregularidades. Os dados devem constar do relatório final da CPI, previsto para ser apresentado entre hoje e amanhã. A CPI deve informar os nomes dos novos assessores, mas sem dizer que o dinheiro recebido tenha correlação com o “mensalão”.Dos cinco funcionários da Câmara identificados pela Folha, a reportagem conseguiu entrar em contato com três. Os três negaram qualquer envolvimento com o “mensalão” e disseram que estiveram na agência do Banco Rural no Brasília Shopping para resolver questões pessoais. O caso que mais chamou a atenção dos técnicos da CPI foi o de Cefas de Oliveira Souza, assessor do deputado José Militão (PTB-MG).Cefas esteve quatro vezes na agência do Rural, entre julho de 2002 e outubro de 2003. Em duas ocasiões, nos dias 10 e 29 de setembro de 2003, as idas de Cefas coincidiram com saques no Rural, nos valores de R$ 100 mil e R$ 250 mil, respectivamente. Ele disse que foi a agência do Rural para descontar cheques, na boca do caixa, referentes à venda de uma carreta. Questionado por que sacou os recursos, disse que era para fugir da CPMF. Ele disse que os saques foram a redor de R$ 6.000.Cleide de Freitas Lima, assessora do deputado Moacir Micheletto, do PMDB do Paraná, esteve duas vezes na agência do Rural no final de 2002. Suas idas ao banco não coincidem com as retiradas em dinheiro da SMPB, agência de publicidade de Marcos Valério, levantadas pelo Coaf. Cleide explicou que foi ao Rural para descontar cheques referentes à venda de bijuterias. Segundo reportagem da revista “Veja”, o ex-deputado peemedebista José Borba, também do Paraná, teria distribuído recursos do “valerioduto” a outros deputados do partido.

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