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domingo, 14 de dezembro de 2025

DER-PR quer reintegrar a posse da ponte MS-PR

29/03/2006 09h55 – Atualizado em 29/03/2006 09h55

Sul News

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) afirmou ontem que protocola hoje pela manhã no Fórum de Guaíra o pedido de reintegração de posse da ponte Ayrton Senna em Guaíra, que está interditada pelos pescadores desde segunda-feira de manhã. Ontem à tarde o superintendente regional do órgão Osmar Lopes reuniu-se com os manifestantes, porém a negociação não teve êxito. Os pescadores fazem parte da Colônia Z 13 de Guaíra. A ponte foi ocupada pelos pescadores segunda-feira por volta das 8h e nem a forte chuva que caiu anteontem à noite e madrugada de ontem conseguiu suspender o protesto.No primeiro dia filas quilométricas se formaram nos dois lados da ponte, que liga o Paraná ao Mato Grosso do Sul e Paraguai. Em Guaíra a fila conseguiu chegar até o centro da cidade. Alguns motoristas recorreram à balsa no Porto Sete Quedas para fazer a travessia, mas a balsa funciona somente até às 18h. Ontem à tarde cansados de esperarem pela liberação alguns motoristas revoltaram-se com os pescadores, segundo o presidente da colônia José Cirineu Machado seu veículo foi apedrejado.Apesar da revolta dos motoristas, que estão na fila há mais de 48 horas, os pescadores afirmam que permanecerão com a interdição da ponte até que o DER dê uma resposta concreta para as suas reivindicações. Eles cobram o pagamento de indenizações que foram determinadas há seis meses pela Justiça em razão das explosões de rochas para abertura de um canal de navegação. Os pescadores justificam que as explosões realizadas pelo DER durante a construção da ponte extinguiu os peixes e os que restaram estão doentes. O valor das indenizações chega a R$ 9 milhões.“Fizemos uma reunião e decidimos que permaneceremos na ponte. O representante que o DER mandou já se reuniu conosco três vezes e nada foi feito para resolver nossa situação, por isso não aceitamos a proposta dele, os pescadores não estão satisfeitos com a atitude dele”, afirmou o presidente da colônia. O DER informou através da assessoria de imprensa que as indenizações não foram pagas porque o valor fixado é considerado ilegal e que o órgão recorreu da sentença e aguarda o julgamento do processo para tomar qualquer decisão.

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