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quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Craque na propaganda mostra habilidades na pintura

31/03/2006 10h00 – Atualizado em 31/03/2006 10h00

MS Noticias

Carlos Vera é um publicitário que constrói com formas e cores um belo repertório pictórico ou é um artista plástico que constrói, com formas e cores, belas peças publicitárias? Quem escolheu essa ou aquela alternativa, errou. Carlos Vera faz os dois. E bem. É craque na propaganda e é craque na arte de pintar. Ele estará expondo ainda este ano no Marco, numa exposição coletiva patrocinada pelo FIC (Fundo de Incentivo à Cultura), dez telas.Em princípio, devemos acreditar que a arte não é uma forma de propaganda, mesmo que a propaganda possa ser uma forma de arte. Mas é indiscutível que nos dois casos é preciso talento, sensibilidade, inspiração (ou transpiração) e conhecimento das técnicas e dos recursos estéticos e tecnológicos para que se possa produzir e construir com beleza e elegância esses dois universos paralelos.Pois é na arte e na propaganda que Carlos Vera constrói esses dois mundos. Na pintura, a obra de Carlos Vera é a um só tempo imaginária e verdadeira. Mas é sobretudo autêntica e bela. É uma arte que faz pensar, refletir, que mexe com o inconsciente, mesmo que o espectador não se dê conta disso. Ou seja: é Arte além da beleza, é arte em seu mais expressivo significado; não é de enfeitar, é de se refletir.Uma obra de arte só é superior se for, ao mesmo tempo, um símbolo e uma expressão exata de uma realidade, ainda que muitas vezes não captada por inteiro pelos olhos menos treinados do espectador. E onde há mais símbolos, formas e cores, movimentos e luzes, verdade e imaginário do que na obra de Carlos Vera? Por isso é, a um sótempo, simbólica e bela.Nas telas intrigantes de Vera, a cor fala, canta, movimenta-se e vem ao encontro do espectador, como querendo envolvê-lo. São as cores que unificam os planos. Que harmonizam as formas. São elas que revelam e que personalizam a obra. Mas são essas mesmas cores que harmonizadas com os planos e formas constróem o cenário onde se movimentam suas máscaras, palhaços, plantas ou grafismos Kadiwéus, unindo os signos sul-mato-grossenses com ícones do nosso cotidiano. Um quadro de Carlos Vera é um grito afinado de cores, um diálogo harmonioso de formas, uma elegante arquitetura pictórica na qual repousam formas do nosso cotidiano, reconstruídas com movimento, leveza, precisão e, como não poderia deixar de ser, com muita arte, com muito talento.

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