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terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Bela diz que índios que mataram policiais parecem animais

06/04/2006 10h53 – Atualizado em 06/04/2006 10h53

Reporter MS

A deputada Bela Barros (PDT) utilizou a tribuna da Assembléia Legislativa para registrar o movimento de protesto ocorrido na cidade de Dourados em razão do assassinato de dois policiais militares. Bela comparou os supostos assassinos dos policiais civis em Dourados a animais.A deputada destacou também a efetiva participação no protesto de acadêmicos de direito, policiais civis, produtores rurais e dezenas de populares que em frente ao prédio do Ministério Publico Federal exigiam providências para o fim do conflito envolvendo índios na região de Porto Cambira na Rodovia MS 156. O fim da insegurança na região, segundo a deputada, depende de uma ação enérgica do Ministério Público e de organismos federais responsáveis pelos índios. Bela denunciou a conivência da prefeitura Municipal que construiu escola na região alegando atender uma aldeia indígena quando na realidade o que existe ali são índios desaldeados tentando a posse de terras pertencentes a Produtores há mais de 50 anos instalados no local. Bela pediu que o Legislativo forme uma comissão que cuidará do acompanhamento das ações para solução do impasse e da insegurança registrados no porto Cambira em Durados. Segundo afirmou, os parlamentares nâo podem ficar distante deste problema pois sob a fiscalização da Assembléia Legislativa certamente não haverá negligência na solução esperada por todos.O pronunciamento da deputada Bela Barros teve o seguinte teor: “Senhor presidente Senhora e senhores deputados É com muita tristeza e indignação que ocupo a tribuna, neste dia. Gostaria de utilizar minha falar para trazer boas novas para meus nobres pares, mas, infelizmente, venho mais uma vez manifestar minha repulsa ao comportamento dos seres humanos na sua pior manifestação: a retirada da vida de semelhantes. Falo meus senhores e minhas senhoras da violência gratuita e sem precedente que assola a cidade de Dourados onde covardemente e com requintes de perversidade e crueldade, índios desaldeados assassinaram sem qualquer misericórdia uma dupla de jovens policiais civis no último sábado. Qualquer comentário a respeito desta atrocidade tenho certeza que é desnecessário, pois as páginas de jornais e os noticiários de TV inclusive de fora do Estado tem dado ampla cobertura ao assunto. Quero aqui, além de deixar registrado meu repúdio a tal comportamento, utilizar a minha voz nesse parlamento para clamar por justiça e fazer algumas correções de fatos para que a história não nos responsabilize num curto espaço de tempo. Em primeiro lugar quero registrar e agradecer a gigantesca manifestação ocorrida ontem em Dourados, senhor presidente, patrocinada por todos os policiais civis da cidade, por estudantes de direito e por familiares dos dois policiais atingidos por pauladas e esfaqueados até a morte na Rodovia MS 156, na região do Porto Cambira. Foi uma manifestação ordeira e pacífica que exigia do Ministério Público Federal um posicionamento sério e decisivo com relação aos índios que invadiram terras de fazendeiros na localidade e há tempos barbarizam aterrorizando todos que por ali trafegam ou que precisam chegar às suas propriedades. Dezenas e dezenas de pessoas se posicionaram diante do prédio do MPF com voz em uníssono pedindo justiça e o fim da impunidade de um grupo de indígenas mais parecidos com animais e que não tem escrúpulos em utilizar de crianças e mulheres para perpetrarem suas maldades e desatinos. A emoção toma conta de mim neste momento, senhor presidente e senhores deputados, até porque laços de parentesco me une a um dos policiais barbaramente assassinato, o meu sobrinho Ronilson. Mas não me impede neste momento de protestar. E protestar com veemência meus nobres colegas, pela forma vil e torpe com que os brutais assassinatos foram tratados por autoridades como o procuradores do Ministério Público Federal, por funcionários da Fundação Nacional do Índio, inclusive seu presidente em exercício, por um tal antropólogo que por repetidas vezes teve sua opinião veiculada na televisão mostrando o disparate de responsabilizar os próprios policiais por suas mortes. Pasmem os senhores!! Não poderia e não vou ficar calada diante de versões que deturpam os fatos e que ganham inclusive a grande imprensa, como foi a publicação do jornal Folha de São Paulo de ontem, 04 de abril, onde Lustosa, da Funai, chega a sugerir que os policiais foram culpados por entrar numa área indígena. Todos nós sabemos que a região é de conflito há muitos anos com o dono das terras tendo ganhado na justiça o direito de reintegrar sua posse. Os poucos índios que ali vivem estão morando num acampamento, que não chega a ser sequer um arremedo de aldeia, capitaneados por um reconhecido marginal até mesmo pelos próprios índios que atende pelo nome de Carlito e tem em sua folha uma vasta lista de crimes. Alias, senhores deputados, os homens que detêm em suas mãos o poder de dar uma solução para essa questão deveriam ser mais honestos com suas consciências e realmente por um fim a uma situação que se arrasta na região do Porto Cambira espalhando ódio e terror. Ali meus senhores, proprietários de terras precisam se valer de seguranças armados para garantir seu salvo conduto e o direito mais elementar que a Constituição Federal lhe assegura, o de ir e vir. Pessoas que se utilizam da rodovia, não raras vezes precisam pagar pedágio para índios que os ameaçam impunemente. Para não me estender muito senhores deputados, quero me valer deste pronunciamento e alertar as autoridades que ainda se orientam pelo bom senso de que é necessária uma medida urgente para sanar os conflitos que acompanhamos no Porto Cambira. Nosso setor produtivo precisa da tranqüilidade necessária para continuar gerando riqueza e trabalho, ao contrário de estar sendo pressionado por autoridades para entregar suas terras como supostas terras de índio.A Funai e o Ministério Público Federal precisam retomar sua verdadeira missão e não continuar contribuindo para agravamento de conflitos. A região, meus senhores, é um barril de pólvora que já registrou pequenas explosões e está prestes a explodir causando danos irreparáveis. Estou aqui para alertar para o fato de que mais mortes não serão necessárias para descobrirmos que uma solução urgente deve ser dada para a questão. E não me acanho em sugerir que a solução para o fim do conflito que se arrasta na região é a retirada urgente e imediata dos indígenas que ocupam terras e devolver a tranqüilidade aos proprietários e produtores da localidade para que continuem gerando renda e emprego e contribuindo para o desenvolvimento do nosso Estado.”

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