08/04/2006 15h25 – Atualizado em 08/04/2006 15h25
Midiamax News
A Justiça negou, pela terceira vez, o pedido de liberdade provisória ao borracheiro Allan Bruno Gonçalves Ribeiro, indiciado por receptação no processo de homicídio do jornalista André Luiz da Costa Felipe ocorrido no dia 4 de janeiro deste ano. Dessa vez o pedido foi negado pelo juiz Ivo Salgado da Rocha, da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, por entender que a solicitação era improcedente se considerada a gravidade do crime, a repercussão social, os antecedentes e a personalidade do acusado. Conforme o magistrado, após adquirir acessórios do carro de André Felipe o acusado ainda auxiliou um dos autores do latrocínio a atear fogo no automóvel. A advogada Lianne Priscilla Nunes, que defende Ribeiro, argumentou que o cliente está preso desde o dia 9 de fevereiro, mas é réu primário, tem bons antecedentes e endereço fixo, mas o MPE (Ministério Público Estadual) se manifestou contra a concessão da liberdade. No dia 14 de fevereiro, o juiz Luiz Carlos de Souza Ataíde, em substituição na 1ª Vara Criminal de Campo Grande, indeferiu o primeiro pedido de liberdade provisória, alegando que, mesmo se tratando de crime de menor grau de ameaça às pessoas, a receptação “invariavelmente está ligada a outros crimes patrimoniais, ocasionando graves prejuízos às vítimas”. Outro fator é que o borracheiro não tem atividade lícita conhecida e, por isso, não há garantias de que permaneça na cidade, acarretando perigo de fuga e derrubando um dos argumentos para concessão da prisão preventiva. De acordo com o magistrado, há ainda o agravante de Ribeiro ter antecedentes criminais, pois participou do assalto a Padaria Pão & Queijo, no bairro Coopharádio, em fevereiro deste ano, juntamente com Alizino Valério dos Santos Júnior, 19 anos, levando R$ 6 mil do estabelecimento e celular de um cliente. No início de março, foi a vez do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negar, em caráter liminar, a liberdade a Ribeiro, seguindo a mesma análise feita pelo juiz Luiz Carlos de Souza Ataíde. Além de Ribeiro também estão presos pelo crime o ex-soldado do Exército Ronaldo Everaldo Ferreira Marinho, 21 anos, o soldado do Exército Bruno da Silva Galvão, 20 anos, e também o desempregado Alcizino Valério dos Santos Junior, 19 anos. Marinho e Galvão são acusados diretamente pelo crime, enquanto Alcizino Júnior foi indicado por alugar a arma, um revólver calibre 32, para ser usada na execução do jornalista, e Ribeiro por comprar o material roubado do carro utilizado pelo jornalista – estepe, aparelho de som, triângulo, roda, macaco e tapete.