09/04/2006 17h09 – Atualizado em 09/04/2006 17h09
Estadão.com
O torcedor mais otimista do Santos veria com ressalvas, no início do Campeonato Paulista, a afirmação de que o time enfim quebraria o jejum de 21 anos e traria mais uma taça para a Vila Belmiro. Sob o comando de um desmoralizado Vanderlei Luxemburgo, repatriado após a fracassada passagem pelo Real Madrid, sem o meia Ricardinho e com a chegada de muitos reforços de pouco nome, o time começou o campeonato titubeante.Na estréia, não passou de um empate por 1 a 1 com o São Bento, em Sorocaba. No primeiro jogo em casa, suada vitória por 2 a 0 sobre o Mogi Mirim. Depois, derrota por 3 a 1 para o Paulista, em Jundiaí, com direito a briga em campo contra o jogador Wesley, acusado de “fazer graça” depois de uma série de jogadas de efeito diante da zaga santista.Aos poucos, o Santos começou a apresentar um futebol regular e eficiente, que não enchia os olhos da torcida, mas garantia os três pontos e deixava o time sempre por perto do primeiro lugar. O embalo veio a partir da oitava rodada, com seis vitórias em seguida, todas por um gol de diferença: cinco vezes por 1 a 0, contra Noroeste, Corinthians, Ponte Preta, Rio Branco e Palmeiras, e uma por 3 a 2, sobre o São Caetano.A liderança só foi consolidada com a difícil vitória sobre o Palmeiras, na 13ª rodada, garantida apenas com um gol de pênalti marcado por Leo Lima, aos 40 minutos do segundo tempo. Tropeços dos rivais fizeram com que a derrota para o Guarani por 2 a 1, no jogo seguinte, não afastasse o time da liderança.A duríssima vitória de virada sobre o Juventus por 2 a 1, no último sábado, simbolizou a campanha santista no Paulista e tornou o sonhado título uma questão de tempo. Alguns dias de espera para uma torcida que aguarda há 22 anos.