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domingo, 24 de agosto de 2025

Suzane deve ser transferida para presídio em SP

11/04/2006 08h41 – Atualizado em 11/04/2006 08h41

Terra

Suzane von Richthofen, acusada de planejar a morte dos pais em 2002, deve ser transferida na manhã desta terça-feira para um presídio em São Paulo. Na noite de ontem, ela se apresentou à polícia na 89ª DP na região do Morumbi, após a Justiça decretar a prisão preventiva da jovem. Mais tarde, foi levada ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). De acordo com o Bom Dia São Paulo, a acusada teria passado a noite em uma sala acompanhada por uma carcereira sem se alimentar e sem dormir. O advogado Denivaldo Barni Júnior, tutor de Suzane, disse que ela estava chorosa e muito cansada. A prisão foi decretada ontem à tarde pelo juiz substituto da 1ª Vara do Tribunal do Júri de São Paulo, Richard Francisco Chequin, que alegou que a permanência de Suzane em liberdade coloca em risco a vida do irmão. ExplicaçãoBarni, que hospeda a jovem na casa dele, tentou, ontem à noite, explicar o que a reportagem do Fantástico expôs. Afirmou que foi mal compreendido. Reconheceu ter orientado Suzane a fingir diante da câmera. Disse que o objetivo era comover o irmão dela. “A conversa estava se desenvolvendo no veículo. Eu falei: Suzane, está na hora de você chorar para o seu irmão. Tem que ficar de joelhos, pedir moradia. Ela quer residir no imóvel onde residia a avó paterna. Ela pretende fixar domicílio lá. E o irmão vem negando”. O pedido de prisão preventiva foi feito à Justiça pelo promotor do caso, Roberto Tardelli, após a entrevista que Suzane deu ao Fantástico no domingo. A jovem, que confessou a participação no assassinato de seus pais, foi orientada por seus advogados a chorar e dizer que foi induzida ao crime. Os advogados de Suzane devem realizar ainda nesta terça-feira um pedido para que a garota permaneça em liberdade até o dia do julgamento, marcado para dia 5 de junho. Durante a entrevista, gravada em dois dias, Suzane leu cartas que havia escrito na prisão para Barni. “Nunca mais vou ver meus pais. Eu nunca mais vou abraçá-los e dizer ‘te amo'”, dizia a carta lida. Uma segunda entrevista foi gravada em Itirapina, na casa de amigos. Os jornalistas do programa mantiveram o microfone de Suzane ativado e, por meio dele, puderam ouvir primeiro o advogado Barni e depois uma voz, que de acordo com a análise de um perito seria de Mário Sérgio de Oliveira, dando orientações para a jovem. Oliveira teria instruído Suzane a chorar e dizer que foi manipulada por Daniel Cravinhos, além de dizer para ela interromper a gravação e afirmar que ela sofria demais com a situação. Suzane, Daniel e Cristian mataram Manfred e Marísia von Richthofen em 2002. Os dois estão presos desde o dia 24 de janeiro, depois de passar quase três meses em liberdade provisória. A OAB de São Paulo decidiu abrir sindicância para avaliar o comportamento dos advogados de Suzane. O promotor Roberto Tardelli classificou a entrevista de Suzane como uma atuação de “quinta categoria”. Para ele, Suzane quis iludir a opinião pública.

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