20/04/2006 09h39 – Atualizado em 20/04/2006 09h39
Júlio Melo
Foi realizada nesta quarta-feira (19) a Audiência Pública para a apresentação e discussão do Anteprojeto de lei do Plano Diretor de Três Lagoas na unidade I da UFMS, na ocasião estiveram presentes engenheiros, presidentes de bairro, associações, sindicatos locais, empresários, vereadores, a Secretária da Educação, o Secretário de Obras, além de outras autoridades políticas.Inicialmente foi feita uma rápida explanação do desenrolar do Plano Diretor: o empenho de técnicos em seus trabalhos preliminares, a seleção dos projetos, a escolha de um líder para monitorar o plano, a sua elaboração, circulação e a divulgação em diversos setores da sociedade local, até a fase em que a proposta foi ganhando força, “corpo de lei” e chegando então à Câmara dos vereadores.“Mas é bom esclarecer que esse plano não se trata de uma lei, porque ainda é um projeto urbanístico”, destacou a Prefeita Simone Tebet.PROJETOSO Plano Diretor abrangendo a totalidade do município trata-se, pois de políticas urbanísticas que integram o sistema de planejamento municipal ligado ao projeto Plurianual da Administração três-lagoense.Dentre outras questões discutiu-se a drenagem das lagoas, a abertura de uma via de acesso no meio do Exército (para facilitar a circulação das pessoas), a idéia de construir um parque que integre as três lagoas e a regulamentação urbanística nas imediações das lagoas, além de pavimentações asfálticas.Em relação ao parque das lagoas, Simone disse que se reuniu com autoridades políticas em Brasília e na cidade de São Paulo e obteve apoio de alguns líderes, graças inclusive a influência que tem com senadores.A prefeita ressaltou também: “A lagoa é uma área de proteção natural, o que vai acontecer é a regulamentação e não a desapropriação, até mesmo porque seria financeiramente inviável”, e acrescentou: “Precisamos nos urbanizar, cuidar de nossa cidade, afinal aguardamos ansiosamente a vinda de uma grande empresa que é a International Paper”.PARTICIPAÇÃOA população participou da audiência, através de perguntas que foram dirigidas à mesa constituída pela prefeita, engenheiros e outros técnicos. Algumas pessoas alegaram que o plano tinha sido elaborado sem ampla divulgação e “por pessoas estranhas” Simone respondeu que houve divulgação na mídia como um todo, redes de televisão, sites, jornais, revista, e que inclusive foram distribuídos convites individuais e protocolados para diversas pessoas, além de inúmeros fóruns e reuniões que foram realizadas, abertas ao público. Mas ela enfatizou que o projeto não está ainda fechado, “Alterações deverão ocorrer sempre que necessário”.Em relação aos “estranhos” alegou que o plano contou com o envolvimento de profissionais que conhecem minuciosamente a cidade. “Tivemos sim que buscar engenheiros de fora, por que não temos uma faculdade de tecnologia como existe em estados como São Paulo”, concluiu.