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sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Greve de servidores da Anvisa afeta o diagnóstico de dengue

22/04/2006 11h07 – Atualizado em 22/04/2006 11h07

Midiamax News

Pelo menos 400 exames sorológicos para confirmar casos de dengue em Mato Grosso do Sul não podem ser realizados em virtude da greve dos servidores da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A paralisação, que já dura dois meses, impede que o Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública do Estado), único responsável pelos testes no Estado, receba do Ministério da Saúde os kits necessários para realizar os procedimentos.

Com a greve, os kits que são produzidos por indústrias estrangeiras não podem chegar ao País, pois os fiscais da Anvisa não estão realizando o trabalho de fiscalização dos produtos para realização do exame de sorologia. A greve da Anvisa atinge 60% dos 1,4 mil servidores da Agência que trabalham em portos, aeroportos e fronteiras onde fazem vistoria de qualquer carga que chega ao País.

Em Campo Grande, segundo informações do coordenador de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Eugênio Barros, a Prefeitura tentou comprar os kits, mas sem sucesso. “O Município já tentou até mesmo comprar os kits, mas não houve como, pois as indústrias não estão vendendo e o repasse não pode ser feito sem a fiscalização da Anvisa”, afirma.

Na Capital, já foram notificados pelo menos 1,5 mil casos suspeitos de dengue e confirmados quase 200. Em menos de quatro dias, o número de casos pode ter aumentado para 260, se comparado ao último levantamento feito pela SES (Secretaria Estadual de Saúde).

Barros explica que devido a falta dos kits existe a possibilidade de que o tipo 3 da dengue possa ser encontrado na Capital, o que poderia decorrer em aumento dos casos de dengue hemorrágica, forma mais agressiva da doença. “Não temos como saber quais tipos de dengue estão ocorrendo na Capital, pois sem os exames não temos como identificá-los. Quando se confirma um caso que não existia antes, seja do tipo 3 ou 4 a gravidade da doença pode aumentar”, explica o coordenador.

Mesmo sem realizar a sorologia, Barros explica que a situação da dengue na Capital não está fora de controle e nem abandonada. “A cada notificação, quando existe qualquer suspeita de dengue, procedimentos como ir na casa do paciente e verificar as condições para saber se existem larvas do mosquito Aedes Aegypti no local são realizados”, afirma.

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