22/04/2006 09h27 – Atualizado em 22/04/2006 09h27
Midiamax News
O advogado criminalista Wiliam Maksoud morreu nesta madrugada na Santa Casa de Campo Grande, após sofrer um atentando no escritório dele no dia 5 deste mês, quando dois homens armados invadiram o local, por volta de 9h37, disparando três tiros contra ele, que atingiu duas vezes no ombro esquerdo e um no antebraço esquerdo. Os autores pediram para serem anunciados como clientes e quando a secretária abriu a porta da sala para comunicar Maksoud, a dupla invadiu o local e atirou contra o advogado.
O corpo de Maksoud ainda está no IML (Instituto Médico Legal) e deve ser velado na capela do cemitério Parque das Primaveras, em Campo Grande. Maksoud estava internado desde o fato ocorrido e apresentou melhora no início desta semana, respirando sem a ajuda de aparelhos, mas ainda apresentava um quadro neurológico inalterado. Segundo funcionários da Santa Casa, ontem à noite, ele sofreu uma parada cardíaca e foi reanimado pela equipe médica de plantão da CTI (Centro de Tratamento Intensivo) da Santa Casa, mas acabou falecendo no início da madrugada de hoje.
De acordo com o advogado Ricardo Trad, Maksoud conseguiu reconhecê-lo, mas a preocupação da família era a função renal, que foi prejudicada por conta da diabates. No último boletim médico, a Santa Casa informou que a função já havia sido restabelecida. O advogado corria o risco de ficar paraplégico.
O advogado era conhecido por defender causas polêmicas como Odair Moreira da Silva, assassino confesso de João Morel, acusado de tráfico de drogas, policiais envolvidos no caso DOF I e mais recentemente Marisa de Fátima dos Santos Furtado, dona da boate Mariza’s American Bar, onde trabalhava Eliane Ortiz, encontrada morta junto com Murilo Boarin Alcalde, no Motel Chega Mais, em Campo Grande, no dia 21 de junho do ano passado.
Os autores dos disparados contra o advogado criminalista estavam em uma motocicleta Honda Titan 150 de cor preta. Segundo relato de testemunhas, os autores tinham estatura baixa e um deles estava sem capacete. Agentes do serviço reservado da Polícia Militar, mais conhecidos como PM2, averiguam a ligação da dupla responsável pela tentativa de homicídio com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Mesmo com a divulgação do retrato falado, os autores continuam foragidos.