24/04/2006 14h05 – Atualizado em 24/04/2006 14h05
Midiamax News
O HR (Hospital Regional Rosa Pedrossian) de Campo Grande recebeu na sexta-feira e sábado passados, respectivamente, mais dois pacientes com suspeita de dengue hemorrágica. Trata-se de Manoel Luís dos Campos, 55 anos, morador do bairro Coophamat, e Cássia Aparecida da Silva, 38 anos, moradora da Vila Nhá-Nhá, cujos exames de sorologia ainda não foram feitos, pois são necessários sete dias para que o Lacen (Laboratório Central) possa fazer o diagnóstico.Na primeira quinzena deste mês, três mulheres tinham sido internadas no hospital com suspeita de dengue hemorrágica, mas elas já receberam alta e aguardam em casa o resultado dos exames sobre a confirmação ou não da doença. Segundo a direção do HR, o resultado dos exames deve ficar pronto até o fim desta semana. Os dois novos casos suspeitos preocupam a direção do hospital, pois a primeira morte por dengue hemorrágica registrada este ano em Campo Grande é de uma paciente do HR. Trata-se de Tereza Cristina da Silva e Sousa, 26 anos, que faleceu no dia 8 de abril e teve a doença confirmada no dia 11 de abril por exame sorológico realizado pelo Lacen.Somente na Capital foram confirmados cerca de 260 casos de dengue, sendo três do tipo hemorrágico, e notificados 1,5 mil, segundo informações da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). Um dos problemas enfrentados para diagnosticar os casos de dengue no Estado está na falta de entrega dos kits pelo Ministério da Saúde para os exames de sorologia.A falta de kits está relacionada com a greve dos servidores da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), pois, como são produzidos fora do Brasil, eles precisam passar pela fiscalização da vigilância sanitária nos aeroportos e portos. Pelo menos 400 exames sorológicos para confirmar casos de dengue em Mato Grosso do Sul não foram realizados em virtude dessa paralisação que já dura mais de 60 dias.
