25/04/2006 15h47 – Atualizado em 25/04/2006 15h47
Olair Nogueira
Com capacidade para 56 detentas, o presídio feminino de Três Lagoas abriga 90. O local, que antes abrigava o presídio masculino, já foi palco de motins e tentativas de fugas. A diretora, Cleuza Orjeda, explica que mesmo com a superlotação, não está tendo problemas com as internas. “Não há registros graves atualmente de distúrbios”, frisou.TENTATIVA DE SUICÍDIOEm 21 de novembro do ano passado, Cassiane Monteiro Ribeiro, 23 anos, tentou se suicidar com retalhos de uma colcha na cela do presídio. Dois dias depois uma revista pessoal e nas celas foi o motivo para o início de uma rebelião no local. O motim havia sido realizado por três detentas transferidas da cidade de Campo Grande. As detentas colocaram fogo em colchão e duas delas foram para o PAB (Pronto Atendimento Básico) com queimaduras. Todas foram removidas para Campo Grande.VEREADORASAs vereadoras, Ana Ruthi Martins Faustino e Zenilda Gregório de Souza, acusadas de concussão e formação de quadrilha, e presas junto com outros vereadores e o assessor jurídico da Câmara de Santa Rita, estão do presídio feminino de Três Lagoas, desde o dia 12. Elas dividem a cela de inclusão (adaptação) junto com mais uma detenta acusada de furto. As detentas ficam na cela por 10 dias. “O tempo das duas está vencido na cela, pois estamos aguardando a Justiça determinar se elas vão ser liberadas ou não. Depois disso, elas passam para as celas comuns com outras detentas”, explicou Cleuza Orjeda, diretora do presídio. A comida servida é terceirizada e é a mesma servida na penitenciária e Polícia Federal. Sobre as visitas de familiares, a diretora explicou que são realizadas todos os domingos. “Não há regalias para as vereadoras. Elas são tratadas igualmente”, explicou. O ‘banho de sol’ das detentas é realizado todos os dias.