26/04/2006 16h40 – Atualizado em 26/04/2006 16h40
Folha Online
O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, encerrou a noite de ontem na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Um dos principais críticos da candidatura própria do PMDB ao Palácio do Planalto, Calheiros recebeu Alckmin num jantar que oferecia para prefeitos de Alagoas. Até agora as conversas de Alckmin com o PMDB eram restritas ao grupo oposicionista, que defende a candidatura própria ao Planalto.
Durante o jantar, Calheiros teria comentado que a candidatura do PMDB é quase certa e que Anthony Garotinho deve representar o partido. Alckmin trabalha para ter o PMDB na sua chapa já no primeiro turno, mas também não descarta um acordo para apoio no segundo turno.
O movimento do presidenciável aconteceu no mesmo dia em que o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, estimulou a direção nacional do PT a procurar o PMDB para propor um pacto de apoio nas eleições presidenciais em torno do presidente Lula. Alckmin foi levado para a casa de Calheiros pelo senador Teotônio Vilela (PSDB-AL), que estava com ele em outro jantar, este oferecido pelas bancadas do PSDB na Câmara e no Senado.
O presidenciável chegou à casa de Calheiros por volta das 22h30, não jantou, mas cumprimentou e tirou fotos com todos os prefeitos. “Ele estava animado igual a uma missa de sétimo dia”, brincou o deputado João Caldas (PL-AL), numa referência ao estilo “chuchu” do candidato.
Hoje à noite, Alckmin terá um novo jantar. Oferecido pelo senador Heráclito Fortes (PFL-PI), o encontro reunirá a bancada do PFL no Senado e deverá servir para aparar arestas. Os dois partidos ainda não conseguiram fechar a aliança em Estados como Bahia, Maranhão e Sergipe, o que pode, na avaliação de pefelistas, até mesmo colocar em risco as conversas entre as duas siglas.