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sábado, 13 de setembro de 2025

Celso Amorim defende diálogo com o governo boliviano

02/05/2006 16h26 – Atualizado em 02/05/2006 16h26

Agência Estado

Adotando um tom de cautela e evitando qualquer enfrentamento, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, defendeu o diálogo com o governo de La Paz como forma de solucionar a crise envolvendo a nacionalização do petróleo e gás boliviano. “Respeitamos a decisão soberana no governo boliviano, mas queremos um acordo por meio de um diálogo”, afirmou o chanceler. Amorim foi obrigado a cancelar reuniões na última terça em Genebra com países africanos e com ministros japoneses para retornar ao Brasil. O chanceler estava na Suíça para encontros que tinham como objetivo retirar a OMC (Organização Mundial do Comércio) de um estado de paralisia em que se encontra. Em uma conferência de imprensa dada nesta terça, porém, Amorim evitou explicar aos jornalistas internacionais o motivo pelo qual estava retornando de forma antecipada ao Brasil. “Tenho outras coisas para fazer no Brasil”, disse.Segundo Amorim, o Itamaraty sempre buscou o diálogo com os bolivianos para tratar do tema energético. Para ele, porém, um entendimento terá que ser baseado em uma situação que viabilize os investimentos da Petrobrás na Bolívia.”Temos que respeitar a soberania dos países da região, mas queremos ver o que é viável”, explicou. Na chancelaria, diplomatas admitem que, diante da situação, não haveria outra situação senão sentar à mesa de negociações com os bolivianos. Amorim, porém, ainda não tem programado uma viagem até La Paz e nem indicou um enviado por enquanto para dialogar com os bolivianos.Amorim enviou na semana passada o secretário-geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães, para negociar com os bolivianos. O chanceler, porém, afirmou não saber porque a missão diplomática do Brasil à La Paz não teria dado resultados.

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