03/05/2006 09h58 – Atualizado em 03/05/2006 09h58
Terra
A advogada de defesa de Pimenta Neves, Ilana Muller, pediu, durante o julgamento do réu, que acontece em Ibiúna (SP), a nulidade do processo. A advogada alega várias irregularidades, entre elas, a não localização de testemunhas. “As irregularidades impediram o amplo direito de defesa do réu”, afirma. O promotor Carlos Horta Filho diz que isso é descabido, já que o júri está formado e o réu está presente. De acordo com ele, as alegações deveriam ter sido feitas em momentos anteriores a esta data. Pimenta Neves acompanha tudo sem esboçar nenhuma reação fisionômica. Em sua defesa, Ilana criticou a presença da imprensa dentro do tribunal durante o julgamento. De acordo com ela, isto fere o direito de seu cliente. O juiz Diego Ferreira Mendes não aceitou as alegações da defesa. “Mantenho as decisões já tomadas. Caso a defesa entenda pelo desacerto das decisões, poderá buscar a correção nos órgãos superiores”, afirma. Pimenta Neves, 69 anos, chegou para o julgamento às 8h04 em meio a um grande tumulto e sem falar com a imprensa. O jornalista entrou pela porta da frente do tribunal. O jornalista confessou ter dado dois tiros na ex-namorada, a também jornalista Sandra Gomide, no dia 20 de agosto de 2000. O primeiro atingiu as costas de Sandra, à época com 32 anos. O segundo, no ouvido, foi à queima-roupa. Se for condenado, a pena pode chegar a 30 anos, segundo o promotor Carlos Rodrigues Horta Filho.