08/05/2006 15h22 – Atualizado em 08/05/2006 15h22
Dourados Informa
A gerente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Dourados (CDL), Marineide de Castro Almeida, disse que os lojistas estão se queixando muito da quantidade de cheques sem fundos emitidos na praça e de promissórias não pagas.Ela comentou que sempre houve reclamações nesse sentido, mas desta vez as queixas aumentaram muito mais.Disse que as pessoas utilizam cheques pré-datados para 30 dias e têm ocorrido muitos casos de chegar à data da cobrança e os cheques estarem sem fundos. “Às vezes os cheques têm fundos agora, mas daqui a 30 dias não tem e o banco não garante (…)”.Para diminuir essa incidência a CDL estará lançando nesta terça-feira (09.05), às 20h, no Espaço Cultural Ouro Branco, dois novos serviços para os lojistas: o “chequenet” que permite uma consulta integral sobre as atividades econômicas do emissor e o “Concentre” que é um sistema de consulta de protestos, cheques sem fundos, concordatas, falências, participantes de empresas falidas, ações judiciais, pendências financeiras, pendências bancárias e dívidas vencidas.O supermercado Mix, por exemplo, mesmo entre seus cadastrados, exige que o consumidor faça a consulta do cheque antes de autorizar o pagamento da compra a prazo. As atendentes dos caixas explicam que é por causa justamente do número de pessoas que emite cheque para 30 ou 40 dias e no dia certo não cobre a despesa.No posto Gaúcho 2, o proprietário Nelso Gabiatti, acumula, em 12 meses, um montante de aproximadamente R$ 150 mil em cheques sem fundos. Resta-lhe o protesto, o Serasa e fazer a cobrança individual. “Eu já recebi cheque dado aqui há três anos (…) Às vezes a pessoa tem seu nome inserido no Serasa e depois ela vem buscar o cheque (…)”.