09/05/2006 15h56 – Atualizado em 09/05/2006 15h56
Folha online
A China construirá, nos próximos cinco anos, 48 novos aeroportos e dobrará a sua frota de aviões civis –os 863 que se encontram em serviço passarão a ser 1.580. A informação foi divulgada por altos dirigentes da Aviação Civil Chinesa (Caac) citados nesta terça-feira pela imprensa. Trata-se de um programa de desenvolvimento do transporte aéreo sem precedentes no mundo.Segundo a Caac, até 2010 serão investidos 13,7 milhões de euros. As cifras do crescimento do mercado da aviação civil da China são impressionantes. Houve aumento de 15,5% no número de pessoas que usaram o transporte aéreo no país em relação ao ano anterior.”O número atual de aeroportos é insuficiente para suprir o mercado em desenvolvimento”, afirma Gao Jinhua, professor da escola de aviação civil de Tianjin, metrópole portuária ao norte da China.A Caac aponta inicialmente a necessidade de aumentar os três aeroportos internacionais do país –de Pequim, Xangai e Guangzhou. Em seguida, ressalta a Caac, é preciso que algumas cidades tenham aeroportos aptos a se tornarem centros de distribuição regional de passageiros, como Chengdu (província de Sichuan, a noroeste), Kunming (sul), Xian (norte), Wuhan (centro) e Shenyang (nordeste).Zhao Haongyuan, alto funcionário da Caac, declarou ao jornal “China Daily” que o número de aeroportos continuará crescendo até chegar, em 2020, a 220 em todo o país. “Todos os projetos, nacionais ou locais, oferecerão boas oportunidades para investidores chineses e estrangeiros”, acrescentou.ContratosEm 2005, a China foi o país que mais contribuiu para o crescimento do setor do transporte aéreo, com maxicontratos assinados pelos dois grandes fabricantes mundiais de aviões, a Boeing norte-americana e a européia Airbus.Além das três grandes empresas nacionais –Air China (de Pequim), China Eastern (Xangai) e China Southern (Guangzhou)–, também contribuíram para o crescimento do mercado as companhias de médio porte.Depois do chinês, os mercados que levaram o setor a superar a crise provocada por uma série de eventos trágicos (do 11 de Setembro nos Estados Unidos e da Síndrome Respiratória Aguda Grave, ou Sars, na China, até o aumento dos preços do petróleo) foram também os da Índia e do Oriente Médio.